01 outubro 2021

OS ACORDEONISTAS

 OS ACORDEONISTAS




Nos anos 60 do século passado, numa dependência do prédio da Sagrada Família, as professoras de canto e música D. Maria Amélia Oliveira e Madalena Augusta, ensinavam acordeão a jovens penafidelenses.


As aulas lá iam prosseguindo e a dada altura resolvem organizar e levar à cena com os seus alunos um espectáculo no dia 13 de Outubro de 1966, pelas 21,30h, no Cine-Teatro S. Martinho em Penafiel.

 



Lá foram subindo ao palco estes acordeonistas, e enfrentando uma plateia de centenas de espectadores, que os aplaudia com agrado e se mostrava satisfeita com as suas exibições.


Desde cantigas em moda como “Au revoir Sylvie” do Duo Ouro Negro, como canções tradicionais como “O Alecrim”, ou do “Magala 31”, do madeirense Max, “La Novia” do cantor chileno António Prieto, o tema do filme “Zorba o Grego”, e o “Silêncio” instrumental de Nini Rosso, e outros mais temas foram desfilando no decorrer do espectáculo.


A crítica rasgou largos elogios ás professoras D. Madalena e Maria Amélia Oliveira, assim como a todos os seus alunos, dada a perfeição e o à vontade que demonstraram em palco.



Assim, no dia 7 de Janeiro de 1967, resolveram repetir o espectáculo, com o título “Sarau Musical e Recreativo”.


Se da primeira actuação o produto foi para o Futebol Clube de Penafiel, desta vez a receita era destinada aos Bombeiros Voluntários de Penafiel.


E como não podia deixar de ser, lá vou desbobinar o nome destes acordeonistas, que executaram com perfeição alguns números musicais no decorrer do Sarau:


Cristina Maria Barreira

Isabel Maria da Cunha Pinto

Isabel Nair Santos

Isabel Maria Ribeiro

Maria Amélia Ferreira

Maria Júlia Faria

Maria Manuela Machado

Teresa Maria Paiva Leal

Alexandre Barbosa

António Alberto Simões

Carlos Jorge da Cunha Pinto

Fausto Matos

Gaspar Alberto Ferreira

Gaspar Vitorino Coelho

José Alberto Cardoso

Júlio Manuel Cerca Roldão

Ricardo José Cardoso



Claro que este apontamento irá de certeza fazer reviver estas recordações de tempos idos, não só a quem assistiu, mas muito mais aqueles que tomaram parte activa nos mesmos.


Foram anos que em Penafiel havia uma actividade cultural muito activa, já que haviam vários conjuntos musicais, grupos de teatro, bailes, ranchos folclóricos e música na pista de baile da esplanada do jardim público Egas Moniz, nas noites quente de verão.


Hoje, a cidade está adormecida, e até o Cine-Teatro S. Martinho, pertence ao catálogo de Penafiel Desaparecido.


Fernando Oliveira – Furriel de Junho