NO REINO DOS MATRAQUILHOS
NO REINO DOS MATRAQUILHOS
A Nossa Gente
Em tempos idos, tive a honra de assistir a uma partida com as duas melhores equipas de matraquilhos cá da Terra. De um lado, a equipa “Por Amor à Terra” trajando calção branco e camisola rosa, e do outro lado, a equipa “Somos Todos da Terra” equipada com calção branco e camisola azul.
Mal o jogo se iniciou logo se percebeu que a equipa “Somos Todos da Terra”, pontapeava melhor a bola, cabeceava melhor tanto os cruzamentos vindos da direita como da esquerda, e no drible em todas as situações eram exímios executantes.
No final da contenda o que se previa aconteceu, uma cabazada de 6 a 3.
A equipa “Somos Todos da Terra” demonstrando um super Fair Play, mal o árbitro deu a apitadela final, todas as três equipas, assim como as respectivas claques de apoio de ambas as equipas foram presenteadas com passeios e comes e bebes à borlix.
Enquanto o presidente da equipa “Somos Todos da Terra” se encontrava na sala de imprensa a dar autógrafos, o Vice-Presidente tomou a palavra e vomitou o que lhe ia na alma, afirmando alto e bom som que éramos todos uns caloteiros que nem sequer pagamos o que bebemos.
O Desalinhado, com a sua análise e o seu “verdadeiro olhar” sobre a situação, rapou do seu cartão de associado e lá lhe respondeu à letra dizendo que tinha as quotas em dia e que não devia nada a ninguém, e se ele tinha “tomates” que fizesse como a Dona Manuela que no seu tempo de antena põe no ar a cassete com os nomes dos caloteiros e trapaceiros do Reino dos Matraquilhos em vez de falar no geral.
E, quando o caldo parecia entornado, a equipa de arbitragem tomou conta da situação e lá deu os parabéns a ambas as equipas, lamentando o cartão amarela mostrado ao ponta esquerda Vital da equipa “Por Amor à Terra”, mas não podia passar em claro o insulto à sua pessoa dizendo durante todo o jogo que aquilo era só roubalheira. Mas isto são coisas que já pertencem ao passado.
A custo o Sr. Anibal que é o organizador destes jogos no Reino dos Matraquilhos usou da palavra para anunciar mais dois jogos que se irão realizar nos próximos meses de Setembro ou Outubro.
Agora, faço votos que ambas as equipas tenham os ordenados em dia e vão gozar umas merecidas férias, já que esta época foi muito desgastante.
Entretanto, a imprensa futeboleira do Reino dos Matraquilhos, anunciou que alguns jogadores da equipa “Por Amor à Terra”, se transferiram para a equipa “Somos Todos da Terra”.
Como o tempo escasseia para melhorar a equipa “Por Amor à Terra”, é com apreensão que antevejo uma nova cabazada.
Mas como diz a sabedoria popular, a bola é redonda, e até ao lavar dos cestos é vindima, sendo a esperança a última a morrer.
As claques de apoiantes de ambas as equipas de matraquilhos agitaram as bandeiras e entoaram em uníssono “Só eu sei, porque não fico em casa”.
No final, enquanto os líderes das claques trocavam galhardetes, os capitães das equipas se despediam com um:
- Porreiro pá!
A Nossa Gente
Em tempos idos, tive a honra de assistir a uma partida com as duas melhores equipas de matraquilhos cá da Terra. De um lado, a equipa “Por Amor à Terra” trajando calção branco e camisola rosa, e do outro lado, a equipa “Somos Todos da Terra” equipada com calção branco e camisola azul.
Mal o jogo se iniciou logo se percebeu que a equipa “Somos Todos da Terra”, pontapeava melhor a bola, cabeceava melhor tanto os cruzamentos vindos da direita como da esquerda, e no drible em todas as situações eram exímios executantes.
No final da contenda o que se previa aconteceu, uma cabazada de 6 a 3.
A equipa “Somos Todos da Terra” demonstrando um super Fair Play, mal o árbitro deu a apitadela final, todas as três equipas, assim como as respectivas claques de apoio de ambas as equipas foram presenteadas com passeios e comes e bebes à borlix.
Enquanto o presidente da equipa “Somos Todos da Terra” se encontrava na sala de imprensa a dar autógrafos, o Vice-Presidente tomou a palavra e vomitou o que lhe ia na alma, afirmando alto e bom som que éramos todos uns caloteiros que nem sequer pagamos o que bebemos.
O Desalinhado, com a sua análise e o seu “verdadeiro olhar” sobre a situação, rapou do seu cartão de associado e lá lhe respondeu à letra dizendo que tinha as quotas em dia e que não devia nada a ninguém, e se ele tinha “tomates” que fizesse como a Dona Manuela que no seu tempo de antena põe no ar a cassete com os nomes dos caloteiros e trapaceiros do Reino dos Matraquilhos em vez de falar no geral.
E, quando o caldo parecia entornado, a equipa de arbitragem tomou conta da situação e lá deu os parabéns a ambas as equipas, lamentando o cartão amarela mostrado ao ponta esquerda Vital da equipa “Por Amor à Terra”, mas não podia passar em claro o insulto à sua pessoa dizendo durante todo o jogo que aquilo era só roubalheira. Mas isto são coisas que já pertencem ao passado.
A custo o Sr. Anibal que é o organizador destes jogos no Reino dos Matraquilhos usou da palavra para anunciar mais dois jogos que se irão realizar nos próximos meses de Setembro ou Outubro.
Agora, faço votos que ambas as equipas tenham os ordenados em dia e vão gozar umas merecidas férias, já que esta época foi muito desgastante.
Entretanto, a imprensa futeboleira do Reino dos Matraquilhos, anunciou que alguns jogadores da equipa “Por Amor à Terra”, se transferiram para a equipa “Somos Todos da Terra”.
Como o tempo escasseia para melhorar a equipa “Por Amor à Terra”, é com apreensão que antevejo uma nova cabazada.
Mas como diz a sabedoria popular, a bola é redonda, e até ao lavar dos cestos é vindima, sendo a esperança a última a morrer.
As claques de apoiantes de ambas as equipas de matraquilhos agitaram as bandeiras e entoaram em uníssono “Só eu sei, porque não fico em casa”.
No final, enquanto os líderes das claques trocavam galhardetes, os capitães das equipas se despediam com um:
- Porreiro pá!
posted by Fernando Oliveira at 5:34 da tarde
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