21 outubro 2019

A ESCRITARIA EM PENAEL

A ESCRITARIA EM PENAEL



Se não acreditam, leiam o programa.



No programa afixado num desses cartazes espalhados pela cidade, verifiquei que em vez da palavra Penafiel aparece Penael, e em vez de filme temos lme.



Mas o melhor ainda é este cartaz, onde se lê “Não há machado que corte, a raiz ao pensamento”.

Carlos de Oliveira


Estes dois versos “Não há machado que corte / A raiz ao pensamento” fazem parte de um poema com o título “Livre” e cujo autor é Carlos de Oliveira. Apenas tem a ver com um Manuel que não é Alegre, mas sim Freire, que o musicou e cantou.



Talvez Manuel Alegre sorria ao ler tal frase, em sua homenagem, e quem sabe, até a Escrita Ria em Penael.

Manuel Alegre

Desculpem, mas estou tão comovido, que não consigo arranjar mais adjectivos para rotular este Festival Literário em Penael.

Fernando Oliveira - Furriel de Junho

20 outubro 2019


 
LÁ!... LÁ!...LÁ!... CATALUNHA



A toda a hora, hoje em dia, somos bombardeados com o que se passa na Catalunha, mais propriamente na cidade de Barcelona.

Depois de manifestações pacíficas, lá vem a noite com os distúrbios entre jovens e os mossos de esquadra catalã, a mancharem a causa independentista.

Os catalães já há muito tempo que lutam pela sua independência, e como povo fazem questão de falarem a sua língua “o catalão”.



Quem anda na idade dos sessenta, lembra-se perfeitamente deste episódio que se passou com a RTVE (Rádio e Television Espanhola, e o cantor catalão Joan Manuel Serrat.

Serrat, foi seleccionado para representar a RTVE, no Festival da Eurovisão com a canção Lá, Lá, Lá.

Estávamos em pleno franquismo e à última hora, Joan Manuel Serrat, foi substituído por Massiel, já que o mesmo fazia questão de cantar a canção em catalão.


Massiel, voou para Londres, e ganhou o Festival da Eurovisão de 1968, com Lá Lá Lá.

Trago este caso que me recordo perfeitamente, para os mais novos ficarem a saber, que tanto nas canções como noutras coisas, a Catalunha não afina o seu diapasão, pela orquestra de Madrid.

Yo canto a mi madre
que dió vida a mi ser
y canto a la tierra
que me ha visto crecer
Y canto al día en que
sentí el amor
andando por la vida
aprendí esta canción

La la la la...



- Bom domingo!





14 outubro 2019

JUVENTUDE EM FESTA

JUVENTUDE EM FESTA



Decorria o ano de 1966, e os párocos da concelhia de Penafiel, resolveram organizar um festival de confraternização interparoquial das juventudes.

As autoridades locais e concelhias não só apoiaram esta iniciativa, como fizeram questão de marcarem presença, mostrando o seu apreço e carinho, por estas realizações, que alguém as baptizou de “Festivais da Juventude”.

Assim no domingo de 24 de Julho de 1966, teve lugar o Festival da Juventude de Bustelo, Santa Marta e Croca, na Quinta de S. Pedro situada na freguesia de Croca.

Ás 9 horas todos os jovens se concentraram junto à capela, onde foi celebrada a Santa Missa. Ao ofertório, rapazes e raparigas entre cânticos, aproximaram-se do altar, com as insígnias da sua profissão: lavradores, carpinteiros, alfaiates, estudantes, costureiras, domésticas, etc.

No final da missa, deu-se início ás actividades desportivas, sob o lema “Mens Sana In Corpore Sano” (uma mente sã, num corpo são), onde cada um ou uma procurou concorrer e ganhar, dentro de uma sã camaradagem e desportivismo.

Distinguiram-se nas modalidades femininas:

Estafeta – Grupo de Santa Marta
Corrida de Saco – Maria B. M. Pinto – Bustelo
Corrida do ovo – Maria B. M. Pinto – Bustelo
Agulha – Maria O. S. Gomes – Santa Marta

Nas provas masculinas triunfaram:

Lançamento do dardo – João Benedito Melo da Cunha – Bustelo
Tracção à corda – Grupo de Bustelo
Atletismo
1500m – Abel Magalhães da Silva – Bustelo
3000m – Joaquim Lourenço – Santa Marta
Estafeta – Grupo de Santa Marta


Depois veio o almoço. Tudo que levaram foi posto em comum, para que melhor se sentissem irmanados em confraternização sincera.

Nele tomaram parte as pessoas mais representativas do concelho de Penafiel, e assim entre os jovens viam-se o Reverendo Padre Albano Ferreira de Almeida, vigário da Vara de Penafiel, o Sr. António Mendes de Vasconcelos, Presidente da União Nacional, o pároco Manuel Leal de Marecos, da Mesa da Santa Casa da Misericórdia, o Presidente da Comissão de Assistência, Justino de Carvalho, e o Instrutor da Mocidade Portuguesa, sr. José Ferreira de Lima. O Sr. Presidente da Câmara, Coronel Cipriano Alfredo Fontes, cônscio das suas responsabilidades perante a juventude do concelho, enviou uma mensagem onde manifestava o seu desgosto por não poder estar presente, como era sua vontade.

No final do repasto, os párocos dirigiram saudações a todos os presentes. O Reverendo Padre Albano manifestou o seu regozijo pela elevação, pela dignidade, e pela fidalguia com que os rapazes e raparigas presentes se estavam a conduzir, fazendo votos que esta feliz iniciativa se realize, todos os anos.


Pelas 15 horas, deu-se início à parte artística e recreativa, com exibições de folclore, recitativos, concurso de quadras, vestido de chita, de aventais e chapéus enfeitados.

Demonstraram qualidades de declamadores os estudantes Minelvino Costa e as irmãs Lina e Maria José Canedo, de Bustelo.

O conjunto “Águias de Santa Marta”, fez delirar toda a assistência, que lhe tributou calorosos aplausos pelo primoroso desempenho musical e vocal.


No concurso do avental distinguiu-se Júlia de Carvalho, de Santa Marta, e no do chapéu, Maria Lídia de Bustelo e no vestido de chita, Maria Gomes de Bustelo.

Evidentemente que para os jovens de hoje estas coisas fazem pouco sentido, já que a sociedade lhes proporciona outras distracções, mais apelativas, e isto para eles são coisas fora do prazo de validade, retidas no sótão das memórias dos seus pais.

Fernando Oliveira – Furriel de Junho

11 outubro 2019

VEJA A DIFERENÇA

VEJA A DIFERENÇA

No antigamente
Hoje
clicar nas fotos para ampliar a imagem


- Penafidelenses!

Ou é de mim, ou falta algo na Santa. 

Será que estou a ver bem? Pelos vistos, deixou de ser Rainha de Portugal.

Vamos lá ver, se os amigos vêem o mesmo que eu...