29 abril 2015

FESTAS DA CIDADE



FESTAS DA CIDADE


Já se encontra espalhado pela urbe, o cartaz todo colorido a anunciar a Festa do Corpo de Deus ou da Cidade como lhe queiram chamar, respeitante ao corrente ano de 2015. 

Nele se pode ler o programa que durante três dias vão animar Penafiel. 


Mas as Festas da Cidade que eu vou falar, são as que se realizaram no ano de 1963. 

Para além da cavalhada, do carneirinho, da procissão, das bandas de música, dos bailes e do foguetório, tinham no seu programa no dia 11 de Junho, um Concurso Pecuário organizado pelo Grémio da Lavoura, e no dia 12 uma Parada Agrícola e Industrial. 

Da comissão das festas faziam parte os seguintes membros: o Pároco da cidade Albano Ferreira de Almeida, Dr. Francisco Brandão, Manuel A. Afonso, Fausto Pinto de Matos, Alfredo Mesquita, Alberto Teixeira e o Professor Joaquim José Mendes, como representante da Câmara.


Nessa altura a cidade era cercada por campos e quintas cultivadas, e o lavrador usava para o ajudar no amanho da terra o gado, que criava não só para o trabalho, como para venda ou extracção de leite. Por tal facto, as feiras de gado eram muito concorridas em Penafiel no Largo Conde Torres Novas, vulgarmente chamado de Campo da Feira, e daí ter surgido a ideia de um Concurso Pecuário.

Este Concurso Pecuário, era só para exemplares do concelho de Penafiel.

O Júri era formado pelos senhores Drs. Fernando Prata Dias, Jorge Oliveira da Cunha e João Oliveira Dias, veterinário municipal e do Prof. Joaquim da Rocha Madureira, representante do Grémio da Lavoura, e forneceu o seguinte resultado:



Touros reprodutores, do primeiro desfecho aos 6 anos
1.° prémio (300$00) e Medalhão do Amoníaco Português à Soc. Agr. da Quinta da Aveleda.

 Novilhos, dos 10 meses a 1.º desfecho inclusive.
1.° Prémio (200$00) Soc. Agr. da Quinta da Aveleda;
2.º Prémio (150$00) Adão Barbosa, de Novelas
3.º Prémio (100$00) - Justino Gomes da Silva, de Duas Igrejas.

Vacas, com 1.º parto ou  com o 2.º desfecho, até 8 anos.
1.º Prémio (300$00) e Taça Soares & Irmão à Sociedade Agrícola da Quinta da Aveleda;
2.º Prémio (275$00) - Manuel Rodrigues, Santa Luzia;
3.º Prémio (250$00) - António Ferreira, Curadeiras;
4.º Prémio (200$00) - Joaquim Carvalho da Cunha, Casal Garcia;
5.º Prémio (175$00) - Ernesto da Rocha Torres, Duas Igrejas;
6.º Prémio (150$00) - Vitorino Ferreira da Silva, Duas Igrejas.
7.º Prémio (100$00) - Luis Ferreira, de Penafiel;
8.º Prémio (100$00) - Alberto da Rocha Teixeira, de Santa Marta ;
9.º Prémio (100$00) - Abel Ferreira da Costa, de Marecos
10.º Prémio (100$00) - António Fernandes, de Marecos.

Novilhos até 1.º desfecho inclusive
1.º Prémio (250$00) e Taça Corporação da Lavoura, Adão Moreira, Marecos;
2.º Prémio (200$00) - Umbelino de Castro Neves, Duas Igrejas;
3.º Prémio (150$00) - José Moreira Lopes, Valpedre;
4.• Prémio (100$00) - António Mota Moreira, de Peroselo;
5.º Prémio (75$00) - Joaquim Monteiro, de Duas Igrejas;
6.º Prémio (75$00)  - Soc. Agri. da Quinta da Aveleda;
7.º Prémio (75$00) - Pe. Manuel Leal da Rocha, Marecos;
8.º Prémio (75$00) - Eurico Gonçalves da Costa, de Penafiel;
9.º Prémio (50$00) - António Pinto, de Guilhufe.

Junta de bois de Trabalho, raça turina
1.º Prémio (250$00) - Adelino Coelho Pacheco, Marecos;
2.º Prémio (200$00) - José de Sousa, Bustelo;
3.º Prémio (175$00) - Luís da Rocha, Guilhufe;
4.º Prémio (150$00) - Alberto da Rocha Teixeira. Santa Marta;
5.º Prémio (100$00) - José da Silva, Irivo ;
6.º Prémio (199$00) - José Gomes da Rocha, de Galegos;

Junta de Bois de Trabalho raça Barrosã
1.º Prémio (200$00) - José Gumes da Rocha, de Galegos. 

Junta de Novilhos castrados raça Turina, até ao 1.º desfecho, inclusive.
1.º e 2.º Prémio Exeaquo (150$00) - Joaqnim Ribeiro, de Penafiel e Joaquim Teixeira, de Guilhufe;
3.º Prémio (100$00) - Notícias de Penafiel - Adelino Barbosa, de Guilhufe;
4.º Prémio (75$00) - Albano Moreira de Sousa, de Marecos;
5.º Prémio (75$00) - Valentim Barbosa, de Guilhufe;
6.º Prémio (50$00) - Camilo Teixeira, Guilhufe
7.º Prémio (50$00) - Salvador da Cunha, de Bustelo
8.º Prémio (50$00) - Zeferino Gonçalves, de Rans.

Junta de Novilhos castrados de raça Turina, até ao 1,º desfecho, inclusive
1.º Prémio (250$00) - Agostinho Gomes da Rocha, de Oldrões
2.º Prémio (175$00) - Ramiro da Rocha Ribeiro, de Rans;
3.º Prémio (150$00) - José Gomes da Rocha, de Galegos.




No final o gado desfilou perante a mesa do júri, sendo os prémios entregues aos proprietários pelo sr. José Bessa Leitão, presidente da direcção do Grémio da Lavoura, que a todos os concorrentes dirigiu também palavras de estímulo e de muito apreço.

Como podemos ver, o valor dos prémios monetários nos dias de hoje eram ridículos, mas naquele tempo eram dinheiro, assim como muita gente das freguesias a serem contempladas, mostrando a força da lavoura nesses tempos, pelo Concelho de Penafiel.

Neste dia a Banda de Música de Lagares, deu um concerto no coreto do Jardim Egas Moniz.



Nesse ano de 1963, nas oficinas da Escola Industrial de Penafiel, sobre a orientação dos mestres José Luís e Cravo,  a azáfama era grande na preparação do material que iria dar origem ao carro alegórico que este estabelecimento de ensino ia apresentar na parada das actividades concelhias. 

Depois foi a montagem do mesmo, os últimos retoques, vestiu-se a rigor o António Ruão de Infante D. Henrique, e o António Gomes de Marinheiro, alguns filiados da Mocidade Portuguesa e estava chegada a hora de mostrar o nosso trabalho à população que assistiu a este desfile.

No dia 12 de Junho de 1963, quarta-feira, pelas 16 horas dava-se início à Parada Agrícola, Comercial, Industrial e de Actividades Concelhias.


Não há exagero, nem sombra de favor na afirmação. É verdade: a «Parada das Actividades Concelhias» constituiu, realmente, um espectáculo de deslumbramento! 

E representou, igualmente, expressivo «documentário» dos valores folclóricos, culturais assistenciais e económicos do concelho, com milhares de pessoas a assistirem ao desfile, e a não lhe regatearam aplausos, bem justos, aliás.


Abriam o cortejo «gigantones», «cabeçudos» e zés-pereiras de Carrazeda de Ansiães, assim como outras representações que já haviam figurado no cortejo da «figura da cidade», entre as quais, os três aludidos «bailes»: dos Ferreiros, dos Pretos, tendo por elementos principais José Maria da Silva e Beatriz de Sousa Gonçalves, que pareciam pretos mesmo; e dos pedreiros, em que igualmente tinham acção preponderante, Mário de Sousa e António Ribeiro e a simpática e muito graciosa moça, Rosa Ferreira do Carmo. Desfilavam, logo a seguir, os famosos e populares conjuntos folclóricos do Rancho do Douro Litoral e da Ronda Típica de Meadela (Viana do Castelo). 


E depois, uma larga e expressiva representação de bombeiros voluntários: de Entre-os-Rios, com a sua espectacular fanfarra e um pronto-socorro; e também com uma viatura, as corporações de Paço de Sousa e de Penafiel.
Assim era constituída «a guarda avançada» do grande e rico cortejo. 



E após ela, passavam então os primeiros carros: à frente, o representativo da cidade, com símbolos de expressivo significado; depois, o da Misericórdia, também de feliz concepção, mas animado de figuração alusiva, nomeadamente a simbólica da Misericórdia, na pessoa da gentil menina Maria de Fátima Conceição da Silva.


O terceiro carro da série, foi apresentado pela prestimosa obra de caridade da cidade, que bem merece o auxílio de todos, pois são enormes os benefícios que presta: trata-se do Patronato da Sagrada Família: «recolhemos todos quantos nos batem à porta»: «8o mil sopas distribuímos por ano» - eram legendas deveras expressivas que, entre outras, se liam no interessante carro, cujos motivos dominantes eram, ainda, relativos à obra assistencial do Patronato. A panela onde se cozinhava a sopa, por exemplo! 

Desfilou, depois, o carro da «Casa do «Gaiato», de Paço de Sousa. Admirável exemplo da lição plurirracial que damos ao Mundo! de igual para igual, sem distinção de raças, figuravam no curioso carro meninos brancos e meninos de cor, em alegre e franca confraternização.


Seguidamente, desfilava o carro do Grupo Cénico Penafidelense, de tão ricas tradições: cultura, recreio, bem fazer-1958-1963—cinco anos de intensa e prestimosa como frutuosa actividade. Uma sereia (uma linda sereia na figura muito gentil da simpática associada, Alice Sanhudo) dominava na concepção do carro. 


Outro carro digno de nota de relevo, foi sem:dúvida o que apresentaram os rapazes da Escola Industrial. Sim senhor: belo carro, quer pela concepção quer pela realização! Motivo dominante: o Infante (na pessoa do estudante, António Ruão), sentado num grande penedo e de olhos postos no mar: uma caravela e ao leme, António Gomes - de indumentária a rigor para a missão em que se empenhava com garbo e orgulho de marinheiro português!

Seguiu-se então o carro representativo da freguesia de Bustelo  - um primor de realização, que reproduzia, com preciosa fidelidade, o Mosteiro local, rico «monumento nacional». 

Foto cedida por: Alex Borges
Outro carro que também provocou profunda admiração e intensos e calorosos aplausos, foi o da freguesia de Novelas, onde, como se sabe, está situada a estação ferroviária de Penafiel. Consequentemente, o simbolismo evidente no carro era, exactamente, o do caminho de ferro: um comboio com máquina (a deitar fumo...) carruagem e passageiros!... 

Depois, coube a vez de desfilar, o carro de Lagares-simbólico da obra dos Artesanatos de «Chales de Ordins», que data de 1955. Os artesanatos de «chales de Ordins» são uma das várias obras de caridade e assistência daquela localidade. 

Seguiram-se os carros das importantes actividades dos pedreiros (que se viam em plena faina) de Rio de Moinhos, Santiago, de Boelhe e de Cabeça Santa, entre outros. 


E o cortejo, prosseguiu ainda, com o carro da Serração de Penafiel, o carro do Aviário; de Paço de Sousa; o carro de Peroselo; o carro de Duas Igrejas em que figuravam as fases, da cultura e do fabrico do linho; o carro dos serviços de Apicultura de Rio Mau, o carro da casa Singer, da Electificadora Penafidelense com o motor Rabor, etc.. 


Dignos de referência, ainda, os carros alusivos ás actividades agrícolas de Paço de Sousa (onde não faltava o arado puxado por uma junta de bois...) e da Quinta da Tulha: com «as nossas flores; os nossos frutos; as nossas tocatas.


E era o fim da grandiosa e brilhantíssima «Parada»! O carro da freguesia da Fonte Arcada-a «Templária» -não se esqueçam isto tem mais de 700 anos, gritou lá do sítio, muito senhor da sua importância... 

Mais de duas horas durou o desfile, que veio a terminar no ponto de partida: no Campo de Conde de Torres Novas, onde então foi servida uma merenda» a todos os figurantes da «parada».

No final, um júri atribuiu após demorada escolha os seguintes prémios aos carros participantes na Grande Parada Agrícola, Comercial e Industrial das actividades do Concelho. 



CARROS ALEGÓRICOS
1.° prémio a freguesia de Novelas.
2.° Prémio-Freguesia de Bustelo. 

CARROS DE ACTIVIDADE INDUSTRIAL
1.° prémio, José Alves, Rio de Moinhos.
2.° Prémio - «Apicultura», de Rio Mau.

CARROS DE ACTIVIDADE AGRÍCOLA
1.° prémio -Aviário de Cabeça Santa.
2.° Prémio-Duas Igrejas,

CARRO MAIS ARTÍSTICO
1.° Prémio da Comissão de Cultura, medalha de ouro, ao carro da Escola industrial.
2.° Prémio, ao carro do Grupo Cénico Penafidelense.

As festas nesses tempos eram mais animadas prosseguindo à noite com a apresentação no coberto da Praça do Mercado, dos Ranchos Ronda Típica de Meadela e Rancho Folclórico do Douro Litoral. 


As meninas Aurora Maria Monteiro de Sampaio Mesquita e Inês Maria Lopes Afonso, acompanhadas do Sr. Dr. Francisco Brandão, colocaram nos estandartes dos dois Ranchos atrás referidos fitas com legendas alusivas à visita daqueles agrupamentos à nossa terra.



O recinto, preparado para o efeito estava repleto e funcionava lá dentro uma verbena organizada pelas Senhoras da Conferência de S. Vicente de Paulo. 

Cerca da 1,30 horas terminou este último número do programa das festas do dia 12.

Apesar dos cartazes serem menos vistosos no antigamente, as festas do Corpo de Deus em Penafiel, em tempos que já lá vão, atraíam mais forasteiros à cidade, apresentando um programa mais recheado de actividades, movimentavam muitas pessoas e instituições do Concelho de Penafiel, e organizava-se uma majestosa procissão, muito superior à dos dias de hoje.

Nota - Se algum leitor ou leitora deste blogue, possuir fotos destes acontecimentos e as queira partilhar, pela minha parte comprometo-me a inserir as mesmas no texto.

26 abril 2015

VITORINO



VITORINO


Vitorino Salomé Vieira, ou apenas Vitorino, como é conhecido, (Redondo, no Alentejo, onde nasceu em 1942). 

Vitorino nasceu no seio de uma família de músicos e viveu rodeado de música. Praticamente todos os seus tios tocavam. Seus quatro irmãos também influenciados pela música que dominava as suas vidas, fizeram-se igualmente músicos. Vitorino é o terceiro dos cinco irmãos e Janita Salomé é o quarto.

É um cantor onde a sua música combina o folclore tradicional do Alentejo e o estilo urbano e popular da sua voz.

Em 1968, cursou Belas Artes, mas cedo enveredou por circuitos musicais associados a alguma boémia.

Conheceu Zeca Afonso, de quem se tornou amigo, quando estava a fazer a recruta no Algarve.



Foi emigrante em França, estudou pintura e, para poder sobreviver, teve de lavar pratos em restaurantes. Nessa altura um amigo disse-lhe que poderia ganhar mais a cantar na rua ou no metro do que a lavar pratos. Aceitou o conselho e resolveu experimentar: era verdade. Largou então os pratos e agarrou na guitarra. 

Em Paris juntou-se depois, com Sérgio Godinho e José Mário Branco, igualmente emigrados.

Colaborou em discos de José Afonso, “Coro dos Tribunais”, e Fausto. Actuou no célebre concerto de 29 de Março de 1974, I Encontro da Canção Portuguesa, que decorreu no Coliseu dos Recreios.


O seu primeiro single foi lançado em 1974 (‘Morra Quem Não Tem Amores’), o mesmo ano em que participa no célebre concerto de 29 de Março de 1974 (no Coliseu) ‘I Encontro da Canção Portuguesa’.



1975 - Faz precisa mente este ano 40 anos, que Vitorino lançou o seu primeiro LP, com o título "Semear Salsa ao Reguinho",  disco esse, que incluía uma das canções mais bonitas do seu reportório: “Menina estás à janela”.



1977 - Foi editado o disco "Os Malteses" que inclui "Oh Beja, Terível Beja", uma evocação ao tempo em que cumpriu o serviço militar obrigatório naquela cidade alentejana. 



1978 - O Grupo de Cantares do Redondo, da qual fazia parte, lançou o disco "Canto da Terra".




1979 - Sai o álbum "Não Há Terra Que Resista - Contraponto", que inclui o tema "Dá-me Cá Os Braços Teus".



1980 - "Romances", editado conta com a colaboração especial de Pedro Caldeira Cabral. "Indo Eu Por I Abaixo" e "Laurinda" são algumas das canções deste disco. Vitorino começa assim a ser o cantor do Alentejo, a «Terra Vermelha» portuguesa das planícies verdes e frescas da Primavera ou douradas e escaldantes do Verão.




1983 - É editado o álbum "Flor de la Mar", que incluiu temas como "Queda do Império", com Filipa Pais, "Cervejaria da Trindade", "Marcha Ingénua" e "Dama de Copas".




1984 - É lançado no Outono "Leitaria Garrett". Nele podemos ouvir: "Tinta Verde", "Leitaria Garrett", "Tragédia da Rua das Gáveas", "Andando Pela Vida", "Poema", "Menina Estás À Janela" (com o Opus Ensemble) e "Postal para D. João III" são alguns dos temas.




1985 - Em Dezembro desse ano foi editado o álbum "Sul" com temas como "Meninas", "Sul" e "Homens do Largo".



1988 - Aparece o álbum "Negro Fado". O disco inclui temas como "Vou-me Embora", "Negro Fado", "Flor de Jacarandá" e uma versão em crioulo de "Joana Rosa".
O disco vence o Prémio José Afonso.




1989 - Foi lançado em Novembro de 1989 "Cantigas de Encantar", com a participação dos seus sobrinhos. O disco inclui um livro com dez histórias populares.



1990 - Surgiu com o quarteto Lua Extravagante, com Filipa Pais e os seus irmãos Janita e Carlos Salomé.



1992 - Com o álbum "Eu Que Me Comovo Por Tudo E Por Nada", com textos de António Lobo Antunes.
Este disco venceu o Prémio José Afonso/93 e o Se7e de Ouro/92 para música popular.




1993 - Foi editada a compilação "As Mais Bonitas" com regravações de "Laurinda" e de "Menina Estás À Janela" e a gravação de Vitorino para "Ó Rama Ó Que Linda Rama".




1995 - O álbum "A Canção do Bandido", editado em Novembro de 1995, inclui canções como "Nomes do Amor", "Fado da Prostituta", "Tocador de Concertina" e "Fado Alexandrino”.


Foi fundador do projecto Rio Grande juntamente com Rui Veloso, Tim, João Gil e Jorge Palma.




1996 - Em Dezembro, este grupo grava o disco de estreia, CD "Rio Grande", que obtem 4 discos de platina.



Em Dezembro de 1997 é editado o álbum "Dia de Concerto" com gravações ao vivo dos Rio Grande.

Vitorino, Janita Salomé, Rui Alves, Ricardo Rocha e João Paulo Esteves da Silva apresentaram no CCB, no âmbito do festival dos 100 dias da Expo-98, os dois espectáculos "A Utopia e a Música" onde apresentaram um repertório menos conhecido de Zeca Afonso.

Com a brasileira Elba Ramalho participou, em 1999, num dos programas "Atlântico" de Eugénia Melo e Castro.




Em 1999 gravou um disco em Cuba com o Septeto Habanero. "Desde El Día En Que Te Vi" e "Toda Una Vida" foram os temas em maior destaque do disco "La Habana 99".



2001 - Em Novembro de 2001 foi editado "Alentejanas e Amorosas". O disco inclui os temas "Vou-me Embora Vou Partir", "Alentejanas e Amorosas", "Meu Querido Corto Maltese","Ausência em Valsa", "Cão Negro", "Constança", "Bárbara Rosinha", "Dona dos Olhos Castanhos", "Paixão e Dúvida", "Mariana à Janela", "Coração ao Deus Dará" e "Guerrilha Alentejana". Inclui também o tema da série "Estação da Minha Vida".




2002 - Sai uma compilação "As Mais Bonitas 2 - Ao Alcançe da Mão" é editada em finais de 2002. Inclui os inéditos "Galope" e "O Dia Em Que Me Queiras". Colabora num dos temas do projecto Cabeças No Ar.

"Ao Alcance da Mão" é o nome de um 'songbook', editado em Junho de 2003 pela editora D. Quixote, com 25 canções do seu repertório. O livro é acompanhado de um CD onde interpreta os temas "Menina Estás à Janela", "Queda do Império" e "Alentejanas e Amorosas".



2004 - Em Abril de 2004 foi lançado o disco “Utopia”, de Vitorino e de Janita Salomé, com o registo dos dois concertos realizados no CCB em Fevereiro de 1998.




Ainda em 2004 é editado o álbum "Ninguém Nos Ganha Aos Matraquilhos!" que contou com a colaboração de nomes como Rui Veloso, Manuel João Vieira e Sílvia Filipe.




2006 - A completar 30 anos de carreira, foi editada em Fevereiro de 2006 a compilação "Tudo" com 50 canções em três discos temáticos subordinados ao "O Alentejo", "Lisboa" e "O Amor".



2006 - Em Abril de 2006, Manuel Freire, Vitorino e José Jorge Letria cantaram Abril aos mais novos no disco "Abril, Abrilzinho" que foi lançado através do jornal Público.



2007 - Em 9 e 13 de Maio de 2007 dá concertos ao vivo em Lisboa, no Teatro da Trindade, dos quais resultou o CD intitulado AO VIVO — Vitorino a preto e branco.



2009 - Publica o CD TANGO, El Perro Negro Canta, gravado em Buenos Aires, na Argentina, mas com três temas gravados em Lisboa, o qual dedicou à memória do pintor João Vieira, que lhe ilustrou as capas desde o CD Tudo



2010 - Para a comemoração do centenário da implantação da República, em 5 de outubro de 2010, com a colaboração do Jornal de Notícias e o Montepio Geral e o apoio do Fundo Cultural da Sociedade Portuguesa de Autores, publica um CD de 2 originais intitulado Viva A República, Viva.  


2012 - É editado o cd Moda Impura dos irmãos Vitorino e Janita Salomé. Nele se misturam sons tradicionais Alentejanos com letras de António Lobo Antunes 




2011 - Na devoção à identidade e alma alentejana da Adega Mayor, produtor de Campo Maior, e a boa relação entre ambos, foram o mote para esta associação entre o vinho e a música, que agora se traduz na edição especial “Vitorino Salomé Tinto 2011″.
Este vinho, que pretende ser uma homenagem à cultura e tradições alentejanas, chega-nos num pack de duas garrafas, que inclui ainda um CD exclusivo de seis temas de Vitorino, entre eles o inédito “Saias de Montemayor”, composto propositadamente para o projecto.




E com vinho ou sem vinho, vamos brindar à boa música portuguesa, com uma cantiga com Vitorino no canto e Manuel da Fonseca a dizer parte do seu poema "O Maltês", com alma e coração alentejano.






- Bom domingo!