28 dezembro 2011

AO BEATO JOÃO PAULO II



Ainda mal saído da ressaca do Natal, hoje deu-me para falar dessa figura ímpar da Igreja Católica que foi o Papa João Paulo II, e a sua ligação com o número treze.

Embora não seja muito praticante religiosamente falando, uma figura que me marcou bastante, tanto pelo seu olhar sereno transmitindo uma paz interior contagiante, como pela sua simplicidade, foi o Papa João Paulo II.

Vindo ele várias vezes como peregrino a Fátima no dia 13 de Maio, e sendo o Papa João Paulo II muito devoto de Nossa Senhora de Fátima, o curioso, é que na sua vida, há nomes e datas de factos que se relacionam com o N.º 13.

Vejamos:

Seu nome na língua polonesa - JAN PAWEL DRUGI =
13 letras



Tornou-se Papa aos 58 anos. 5+8=13



Seu pontificado durou 9301 dias. 9+3+0+1=13



Sofreu um atentado no dia 13 de Maio.


Faleceu na 13.ª semana do ano.

Quando faleceu tinha 85 anos. 8+5=
13

Data da sua morte 02.04.2005 . 2+4+2+5=
13

A hora da sua morte 21h 37m. 2+1+3+7=
13

Ele foi o 265º Papa. 2+6+5=
13

13 é o número de Maria


O Beato João Paulo II, foi um Homem que deixou a sua marca, naqueles que tiveram o privilégio de o conhecer.

19 dezembro 2011

O PRESÉPIO

NA IGREJA DE
NOSSA SENHORA DA AJUDA

Na igreja de Nossa Senhora da Ajuda, em Penafiel, está em exposição um belo presépio, que poderá visitar até ao dia 24 de Dezembro.


Mabilde e António

são os responsáveis por este presente natalício aos penafidelenses.


Para os antigos, o Inverno era época de escuridão e trevas, da morte da Natureza, neve chuva e frio.

Mas isso era antes de uma estrela fulgurante vir de longe, de desconhecida terra, iluminar o caminho dos Reis Magos, que viajaram do Oriente à procura de um sentido novo para o Mundo.

E, desde que a estrela apareceu, sabemos que, para lá da estupidez da guerra e da pobreza, existe o olhar cheio de futuro do Menino do Presépio.

Para os crentes, é a esperança personificada no nascimento de Jesus. O mistério revivido da encarnação de um Deus já não solsticial, como o das antigas religiões, mas que, à imagem do homem nasceu criança.

Porque o Natal é o oposto do fanatismo e da intolerância, ele constitui para os não crentes a oportunidade da festa emotiva, amigável e partilhada.

Afinal, viver o Natal é um acto de cultura, e como dizia o poeta, Natal é sempre que o homem quiser.

17 dezembro 2011

EMÍLIO DOS SANTOS

UM ARTISTA DA CANÇÃO QUE DEU OS SEUS PRIMEIROS PASSOS EM PENAFIEL

Hoje vou falar de Emílio dos Santos, que para os mais jovens nada dirá, mas para os penafidelenses com mais de meio século de idade, de certeza que se lembram deste artista da canção, conhecido entre nós como "Fozcôa", em virtude de ter nascido a 18 de Fevereiro de 1941 em Vila Nova de Foz Côa.

Desde muito novo, teve que granjear sozinho o sustento, de cada dia, realizando as mais variadas tarefas para sobreviver.

Foi no mês de Julho de 1957, quando chegou pela primeira vez a esta cidade de Penafiel, Emílio dos Santos acompanhado de sua mãe.

Um ano depois, no Recreatório, calçando umas botas de cano alto que eram do seu patrão, tomou parte nos espectáculos que se realizavam no intervalo dos leilões do Menino Jesus, onde com a sua magnífica voz, entoava belas canções e encantava o público presente.

Já nessa altura se notava uma tendência para a música tradicional portuguesa, como o fado canção e o folclore.

Seguidamente fundava-se em Penafiel o Grupo Cénico Penafidelense (de saudosa memória), onde Emílio dos Santos foi chamado para, com a sua voz, abrilhantar os espectáculos, causando a melhor das impressões no público.

O “Fozcôa” começa a ser atracção e então, surgem-lhe os sonhos de seguir a carreira artística.

O Porto foi a tentação.

O “Programa Revelação” das produções “Sorádio” foi continuação e início da sua carreira. Tintarela di Luna, canção italiana em voga foi, por assim dizer, juntamente com o tango “Escreve-me” o princípio base para que Emílio dos Santos trocasse Penafiel pelo Porto.

Não foram baldados os seus esforços, apesar de grandes contrariedades e muitas foram elas.

Partiu cheio de ilusões para a conquista do mundo artístico, para o qual se julgava fadado. No entanto, as dificuldades surgem ao ponto do desânimo.

As faculdades artísticas eram realidade mas, surgiram os amigos de ocasião que procurando ajudar se limitavam a “comer” ao artista a parte de leão.

Pensou desistir, estava no auge da desmoralização, mas a arte pesa mais alto e Emílio dos Santos tenta novamente.

Em 1963, a FNAT leva a efeito um espectáculo para os empregados da firma Coats & Clark onde o “fozcôa” trabalhava. A pedido do Sr, Eng.º Mota Leite, Emílio dos Santos é incluído naquela festa, e como não podia deixar de ser, a sua actuação foi um enorme sucesso.

O Maestro Resende Dias impressiona-se e promete fazer algo. Daí a tempos, Emílio dos Santos, é apresentado aos “Irmãos Paixão” e a sua estreia com estes categorizados artistas, faz-se na Feira Popular, no Palácio de Cristal, na cidade do Porto, onde o público, aplaudindo-o insistentemente lhe faz, por assim dizer, a consagração.

Aos 24 anos, após tanto tempo de dura luta, grava o seu primeiro disco, sobre a orientação do maestro Resende Dias, que o introduziu também nos célebres serões para trabalhadores organizados pela FNAT, e nos programas da Emissora Nacional (Emissora Regional do Norte).

À medida que a prática era mestra na sua vida, chega por fim ao profissionalismo por mérito próprio recebendo a respectiva carteira em 12 de Outubro de 1967.

Daí para cá só um sonho estava por realizar. O palco do Cine-Teatro S. Martinho, em Penafiel, teria que ser a sua consagração afectiva e efectiva e, por essa razão, na festa dos “Aftas” (conjunto musical cá da terra), levada a efeito no dia 23 de Dezembro de 1967, Emílio dos Santos actuou já como profissional, onde os penafidelenses tiveram a oportunidade de o aplaudir, este mesmo público que o conheceu a dar os seus primeiros passos na vida artística no panorama musical.

 


Depois de Abril, grava um single que na face A aparece  "Grândola Vila Morena", a canção que em cada esquina tinha um amigo, e na face B "É Preciso Dividir o Pão", mas infelizmente este apelo não teve seguidores, e hoje tal como ontem, "Eles Comem Tudo, Eles Comem Tudo e Não Deixam Nada".   

Depois de percorrer Seca e Meca, incluindo Lisboa e terras africanas, levando na bagagem as suas belas canções, Emílio dos Santos regressou a Penafiel.

 

Hoje, Emílio dos Santos continua ligado À música com a sua firma Ibéria Records Comércio e Indústria do Som L.da, situada na Rua do Monte do Crasto, Nº 54 R/C, em Penafiel com o Telef. Fax 255215176.

Além da loja de venda ao público de CDs. de música portuguesa, tem um estúdio de gravação, onde vários artistas gravaram os seus CDs, alguns dos quais premiados com prata, ouro e platina.

Já sabe, se gosta de música portuguesa, e nesta quadra natalícia ou mesmo fora dela, pretende presentear algum(a) amigo(a), quem sabe se não encontra o que tanto procura na Ibéria Records do nosso e seu amigo Emílio dos Santos.

Neste CD, a canção N.º 8 “Foz Côa pátria minha”, é dedicada à sua terra natal, enquanto a N.º 24 com o título “Penafiel” evoca a sua terra adoptiva.

 

Segundo Emílio dos Santos, «é bom recordar a terra onde nascemos. Pois foi para vos trazer à lembrança este Portugal pequenino à beira-mar plantado que gravei este disco. Cantei pensando em vós e pondo toda a minha alma em cada verso. Em especial Foz Côa pátria minha. Gosto imenso de cantar e aproveito este dom que Deus me concedeu para criar amizades. Penso que ao adquirirem este disco, são novos amigos que eu adquiro também».

Já não falo nos canais de televisão que moram lá longe na capital, mas as rádios locais, essas teriam muito a ganhar se dessem vez e voz a esta casta de artistas como Emílio dos Santos.

E para aqueles que não o conheceram, e também para aqueles que o desejam recordar, aqui fica a canção “Foz Côa pátria minha”, na voz de Emílio dos Santos.

 





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05 dezembro 2011

THE BABY COCKS

THE BABY COCKS

1.º CONJUNTO ACADÉMICO DE PENAFIEL


Na década de 60 do século passado, nos tempos do Yé Yé, influenciados pelo conjunto inglês The Beatles, pelos portugueses Sheiks e pela música brasileira cujo maior ídolo da época era o Roberto Carlos, apareceram por todo o país, muitos conjuntos de garagem.

Em Penafiel, para além dos Aftas, apareceram também os The Baby Cocks.

Os Baby Cocks, foi o primeiro conjunto académico de Penafiel, já que todos os seus elementos eram estudantes na Escola Industrial de Penafiel. Os elementos que compunham os Baby Cocks eram os seguintes:

À bateria Carlos Couto, e às guitarras tínhamos o José Emílio, o Freire e o Adão Luís. Embora nesse tempo este conjunto fosse presença obrigatória nos Saraus dos Finalistas da Escola Industrial, é de outra actuação que vou falar.

Decorria o ano de 1969, e aproveitando o dia de Corpo de Deus, o Patronato da Sagrada Família levou a efeito na Praça do Mercado, um Festival Folclórico que esteve muito animado e concorrido.

O júri constituído pela Sr.ª Dr.ª D.ª Maria Fernanda de Almeida Rente, professor Joaquim José Mendes, escultor Júlio Margarido Carneiro Giraldes e eng.º António Amaro Correia atribuiu o 1.º prémio ao Rancho Folclórico de Paredes, o 2º prémio ao Rancho Folclórico de Santiago da Capela, o 3.º prémio ao Rancho Folclórico de Nespereira (Lousada), o 4.º prémio ao Rancho Folclórico da Casa do Povo de Sardoura (Castelo de Paiva) e o 5.º prémio ao Rancho Folclórico Infantil de Telme (Freamunde).

No intervalo deste espectáculo de danças e cantares regionais, actuou o conjunto penafidelense The Baby Cocks que deliciou os presentes com as suas interpretações, assim como o cançonetista José João cantou com agrado algumas canções.

O Jornal Notícias de Penafiel rasgava desta maneira alguns elogios ao conjunto “The Baby Cocks”:

Ao Conjunto “The Baby Cocks” os nossos parabéns e agradecemos sensibilizados a vossa lembrança em nos oferecer o cartão do conjunto autografado pelos componentes e permitam-nos um pedido: Continuem, Penafiel precisa dos jovens e das suas realizações.

Infelizmente, a vida militar esfrangalhou o conjunto, e como a vida por vezes nos troca as voltas, nunca mais se veio a reorganizar de novo o grupo, embora todos sabemos que o bichinho da música permanece nos seus elementos que por vezes nos vão brindando, quer nos encontros anuais dos alunos da Escola Industrial de Penafiel que se realizam no 1.º sábado do mês de Junho, quer no Grupo das Guitarras de Fado de Penafiel e na festa do Cinquentenário da Escola Industrial de Penafiel que se realizou no dia 8 de Outubro de 2011, se fizeram sentir os efeitos do conjunto “The Baby Cocks”.

Penso que se pode aplicar perfeitamente aos elementos do conjunto “The Baby Cocks”, a célebre teoria do químico francês Antoine Lavoisier, “ nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, porque a música, essa continua.