Anna
Mae Bullock,
conhecida
artisticamente como
Tina Turner, nasceu
em Nutbush, Tennessee, nos Estados Unidos, a 26 de
Novembro de 1939.
Tina
Turner entra no mundo da música integrando a banda musical Ike &
Tina Turner.
Depois
de vários êxitos como: «River Deep - Mountain High» (1966),
«Proud Mary» (1971) y «Nutbush City Limits» (1973), sendo
considerada como a Rainha do Rock.
Em
1973 termina a banda Ike & Tina Turner, ao mesmo tempo que se
divorcia de Ike Turner devido a casos de violência doméstica.
É então
que dá início a uma carreira a solo, com a seguinte discografia:
No primeiro
domingo de cada mês, no final da missa, encontro pessoas a apelarem
à nossa generosidade para uma contribuição destinada à
Conferência de S. Vicente de Paulo de Penafiel.
Esta
instituição sem fins lucrativos, e que presta apoio aos pobres do
nosso concelho, administra um bairro com 26 casas onde acolhe pessoas
mais necessitadas.
A
Conferência de S. Vicente de Paulo de Penafiel, foi fundada em 7 de
Setembro de 1880, e foi agregada ao Concelho Geral Internacional da
Sociedade de S. Vicente de Paulo em 17 de Dezembro de 1883.
Quarta-feira,
15 de Setembro de 1880, à noite foi promovida uma reunião em casa
do Sr. João António Pinto, na Rua Formosa (hoje Av. Sacadura
Cabral), para inauguração da instituição de beneficência chamada
Conferência de S. Vicente de Paulo, com a presença mais ou menos de
30 pessoas.
Depois de
uma breve alocução do Sr. Padre Senna de Freitas, sobre a origem,
natureza, e fins da nobre instituição de beneficência, que tem por
título Conferência de S. Vicente de Paulo, procedeu-se à eleição
do Presidente, e foi eleito Presidente de Honra o Sr. Barão do
Calvário e efectivo o Sr. D. Miguel Vaz, Secretário o Sr.
Administrador Dr. Acácio de Magalhães e Tesoureiro o Sr. José
Maria Pinto Monteiro, inscrevendo-se os restantes presentes como sócios.
Logo que se
aproximou a quadra natalícia do ano de 1880, o seu Presidente D.
Miguel Vaz Guedes d'Atahide, apelou à caridade dos penafidelenses,
anunciando-lhes, que se encontrava aberta em casa dos senhores José
Maria Pinto Monteiro, da rua da Ajuda, e José da Rocha Barboza, da
Rua Formosa, uma subscrição de qualquer esmolas, quer em dinheiro,
quer em géneros, quer em roupas, mesmo usadas, para socorrer as
famílias miseráveis.
Na década
de cinquenta, do século passado, por altura do Natal, as
conferências vicentinas desta cidade de Penafiel, em colaboração
com a Comissão Municipal de Assistência promoviam o cortejo do
Farrapeiro de S. Vicente de Paulo.
Mais ou
menos a meio do mês de Dezembro, como no ano de 1954, que se
realizou no dia 17 desse mês, pelas nove horas e meia, apareceu no
alto da cidade um carro com instalação sonora, logo seguido de uma
camioneta rodeada de vicentinos com suas braçadeiras.
Como por
encanto abriam-se as portas das casas donde saíam cavalheiros,
senhoras ou criadas a lançar nas mãos dos vicentinos roupas,
calçado, géneros, dinheiro, enfim tudo o que pode confortar os
pobres nesta quadra natalícia.
Era assim´,
em tempos que já lá vão, verdadeiramente, o dia do pobre em
Penafiel.
Evidente que
o Farrapeiro percorria as ruas da cidade, e este só era possível
graças à colaboração da Câmara Municipal de Penafiel e à firma
Albano & Miguel que cediam o carro e o camião respectivamente,
ao Sr. Fernando Baptista que fornecia gratuitamente o material sonoro
e pessoal competente, e para que esta iniciativa de bem fazer fosse
um êxito correspondiam os penafidelenses com as suas dádivas.
Ontem como
hoje, a Conferência de S. Vicente de Paulo, dá a mão aos mais
necessitados, e como diz a sabedoria popular, quem dá aos pobres,
empresta a Deus.
Embora
tenha falecido no dia 7 de Novembro, só na véspera do dia de S.
Martinho, é que a notícia que morreu Leonard Cohen, correu mundo
através das redes sociais, jornais, rádios e televisões.
Leonard
Norman Cohen, cantor, compositor, poeta e escritor, nasceu no
Quebeque, na cidade de Westmount, arredores de Montréal, a 21 de
setembro de 1934. e faleceu com 82 anos, no dia 7 de Novembro de
2016, em Los Angeles, Califórnia, nos Estados Unidos da América.
A
música entrou cedo na sua vida, na adolescência, com os Buckskin
Boys, um grupo folk de que não reza a história: o contacto com a
poesia de Federico Garcia Lorca, de quem muitos anos mais tarde
musicaria “Take This Waltz”(1988),
conduziu-o à escrita - de poemas e romances.
Publica
três livros, quando nos anos 1960 se instalou numa ilha grega,
Hidra: "The Favourite Game" (1963), "Flowers for
Hitler" (1964), que reunia poemas seus, e "Beautiful
Losers" (1966). Mas regressará à América e à música.
De
visita a Nova Iorque, contacta de novo com a música folk e conhece a
cantora Judy Collins.
É
certo que as questões financeiras ditadas pelo desfalque de que foi
alvo por parte da sua inventiva manager, que terá inventado um novo
destino para cinco milhões de dólares e foi condenada a 18 meses de
prisão por isso, terão contribuído para esta súbita actividade
aos 80 anos, com digressões e a feituras dos três últimos álbuns
da sua carreira artística. Acabou por falecer (7 de Novembro de
2016), um mês depois de gravar no mês de Outubro do mesmo ano, o
seu último álbum You Want It Darker.
Discografia
de estúdio:
1967
- Songs of Leonard Cohen
Publica
então "Songs of Leonard Cohen", que abre com "Suzanne",
canção maior de amor, como tantas na sua pena, de um álbum
fulgurante - nas suas palavras e guitarras e coros - e onde também
se ouve "So Long, Marianne".
Marianne e Leonard Cohen na Grécia
Em
Agosto de 2016, quando soube que havia morrido Marianne Ihlen (sua
musa e amante dos anos 1960 na ilha de Hydra, que seria focada na
canção eterna So
long, Marianne),
escreveu-lhe uma carta de despedida em que não escamoteava a
proximidade da morte.
"Sabes,
chegou este tempo em que estamos realmente tão velhos e os nossos
corpos caindo aos poucos que acho que vou seguir-te em breve. Sei que
estou tão perto de ti que, se esticares a tua mão, acho que
consegues tocar na minha."
1969
– Song from a Room
“Songs
From a Room”, é um trabalho intimista que nos absorve, letras
intensas acompanhados de melodias suaves numa combinação perfeita.
1971
– Songs of Love and Hate
Deste
terceiro disco, destaco as canções Avalanche e Joan of Arc, na voz
melancólica de Cohen
1974
– New Skin for the Old Ceremony
"New
Skin for the Old Ceremony".
A "velha cerimónia" é, evidentemente, o acto do amor. Ou
do ódio, ou da revolução, ou do canto... Todas as imagens do
passado coexistem nesta apologia do amor (físico) realizado – seja
em que parâmetros forem. discográfico mais alto da sua carreira).
"New
Skin"
marca um renascimento. O poeta sobreviveu, criou calos, recuperou uma
espécie de beleza. Pela primeira vez surge o humor seco e irónico
de Cohen
em toda a sua glória, no auto-retrato "Field
Commander Cohen"
e na canção tragicómica "There
is a War",
uma composição que revela a dualidade (ricos e pobres, homens e
mulheres, etc.) que está na base de toda a sua obra.
1977
– Death of a Ladies' Man
Death
of a Ladies' Man, foi marcado por divergências entre Cohen e Phil
Spector, o produtor do mesmo. Cohen nunca escondeu a sua insatisfação
como resultado final do disco.
1979
– Recent Songs
Após
o álbum Recent Songs, Leonard
Cohen
entrou num período de reclusão, no qual se dedicou à escrita
e ao budismo
1984
– Various Positions
Ele
retornou com um novo disco em 1984, quando lançou Various Positions,
álbum que traz "Hallelujah", música frequentemente
regravada por outros artistas, como Jeff
Buckley,
que a incluiu no seu álbum de estreia, 'Grace'
(1994).
1988
– I'm Your Man
O
álbum 'I'm
Your Man',
de 1988, foi um dos mais aclamados do artista, levando-o a uma
extensa turné pela Europa, EUA e Canadá. 'I'm
Your Man'
se destacou principalmente por apresentar elementos da música pop
moderna, como o uso de sintetizadores.
Após o sucesso de I'm
Your Man, Cohen passou a
lançar seus álbuns de estúdio com longos intervalos de tempo.
Muito por causa da sua dedicação ao budismo
1992
– The Future
"The
Future", foi um êxito e nessa altura tinha uma noiva, Rebecca
de Mornay - e mesmo assim deixou tudo para ir viver num mosteiro.
Cohen
pegou pela primeira vez numa guitarra num campo de férias judeu onde
arranjara emprego como conselheiro dos estudantes.
2001
– Ten New Songs
Ten
New Songs
é o décimo álbum de estúdio de Leonard Cohen, feito em parceria
com a cantora, compositora e produtora Sharon Robinson.
2004
– Dear Heather
"Dear
Heather" é um álbum em que você "desce da torre da
canção para se ajoelhar no altar da poesia".
2012
– Old Ideas
O
álbum “Old Ideas”, com o selo da editora Sony Music, reúne dez
canções novas, com Leonard Cohen a demonstrar o apreço pelos blues
e com a voz ainda mais grave e soturna.
Nele
canta os temas que sempre o acompanharam: a espiritualidade, o amor e
a morte. “É um manual para viver com a derrota”, descreveu
Leonard Cohen em Janeiro aos jornalistas em Paris, depois de uma
audição conjunta do novo álbum. “Eu sempre gostei de blues e da
construção musical, mas sempre senti que não tinha o direito de os
cantar”, reconheceu o cantor.
Aos
77 anos, sentiu-se com permissão para se meter nos blues e surgiram
as canções novas de “Old Ideas”, como “Show me the place”,
“Darkness”, “Amen” e “Banjo”.
2014
– Popular Problems
Popular
Problems arranca
com um blues em lume brando, sobre o qual a voz áspera de Leonard
Cohen vai confessando que lhe está no sangue esta coisa de gostar da
lentidão, desta forma desapressada quer seja na natureza das suas
canções.
Se
não houvesse mais algum álbum, o adeus estava aqui, sem amarguras,
como que agradecendo à música o regaço em cada momento de
imperfeição.
2016
– You Want It Darker
You
Want It Darker foi o seu último e magnífico 14.º álbum de
originais, que
havia
sido lançado no passado mês de Outubro de 2016, com Cohen a cantar
"I"m
ready,
my
Lord",
em jeito de despedida, com a voz grave pausada repousando no balanço
rítmico harmonioso de um música híbrida, algures entre o jazz, a
folk
e a espiritualidade do gospel.
Leonard
Cohen, foi um verdadeiro artista, uma referência não só na
musica, mas em tudo o que pões o dedo, um filósofo, um religioso…
sem duvida um senhor do nosso tempo.
As
canções de Leonard Cohen, vão perdurar nas nossas vidas, e por
muitas gerações.
Em
sua homenagem vamos ouvir na sua voz arrastada e melancólica “Dance
Me To The End Of Love”, um verdadeiro hino ao amor.
Para ficarem a saber um pouco mais da vida deste senhor, ouçam o discurso de Leonard Cohen por ocasião do recebimento do Prémio Príncipe de Astúrias de las Letras de 2011, com legendas em espanhol.
João
de Deus de Nogueira Ramos, mais conhecido por
João de Deus, nasceu
no dia 8 de Março de 1830 e faleceu no lugar da Lapa, em Lisboa, no
dia 11 de Janeiro de 1896, com 65 anos.
João de
Deus, foi um eminente poeta lírico e
pedagogo, considerado à época o primeiro do seu tempo, e o
proponente de um método de ensino da leitura, assente numa Cartilha
Maternal.
Nos
primeiros anos que viveu em Lisboa, João de Deus, estabeleceu-se no
Café Martinho. Quem ali entrasse a qualquer hora, tinha a certeza de
encontrá-lo, discutindo ou cavaqueando placidamente.
Na
própria noite do seu casamento esteve, como de costume, na sua
palestra do café.
Um dia
porém desapareceu para sempre daquelas mesas, recolhendo-se
definitivamente no seu modesto quinto andar e vivendo unicamente para
a esposa e filhos.
Foi nesse
isolamento cheio de encanto que o ilustre poeta meditou e compôs a
Cartilha Maternal.
Parte de um
texto de Joaquim de Araújo
A Cartilha
Maternal foi publicada em Portugal em 1876; em 1888 as Cortes
portuguesas (parlamento) escolheram-na como método oficial de
aprendizagem da leitura. A partir de 1911, a Primeira República
alargou a rede de instrução pública, espalhando Escolas Primárias
por quase todos os centros urbanos, promovendo a difusão da Cartilha
Maternal.
Antes e
depois das Escolas Primárias públicas, João de Deus, os seus
amigos e descendentes estabeleceram em 1882 uma rede de escolas
autónomas, originalmente designada “Associação das Escolas
Móveis pelo Método de João de Deus”. Essas escolas evoluíram
para Jardins Escolas e escolas fixas.
A mais antiga escola infantil de
Portugal começou a funcionar há 100 anos, em Coimbra, como resposta
da Associação de Escolas Móveis pelo Método João de Deus a
“tanta desorientação em assuntos educativos” no final da
monarquia.
Implantado num terreno doado pela Câmara Municipal,
junto ao Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, o primeiro
Jardim-Escola João de Deus custou 4500$000 réis.
O projecto foi concebido segundo as
orientações pedagógicas de João de Deus Ramos, filho do poeta
João de Deus e autor da “Cartilha Maternal”, pelo arquitecto Raul
Lino, que o ofereceu aos promotores.
No dia 8 de Março de 1991, foi
inaugurado oficialmente o Jardim Escola João de Deus, em Penafiel,
com a presença do então Ministro da Educação Roberto Carneiro, ou
seja, comemorou este ano um quarto de século de existência nesta
cidade este estabelecimento de ensino.
Justino do Fundo com Roberto Carneiro
O imóvel onde o mesmo funciona, na
Avenida José Júlio em Penafiel, foi projectado e delineado pelo
grande arquitecto Matosinhense, Álvaro Joaquim de Melo Siza Vieira,
internacionalmente conhecido por Siza Vieira, e o mais premiado arquitecto contemporâneo português.
No dia da inauguração, foram
lembrados os Homens que em tempo oportuno lançaram os pilares
daquela construção, de entre os quais é digno destacar o
Professor Doutor José Augusto Seabra, ao tempo Ministro da Educação
e o Dr. José Vieira Mesquita na altura Director-Adjunto do Ministro
da Educação, com o auxílio prestimoso e eficaz da Associação de
Jardins Escolas João de Deus, dignamente representado pela sua
Presidente D. Maria da Luz Deus Ramos.
Os oradores versaram temas sobre a
criação destes polos tão importantes do ensino básico, tão
necessário e indispensável na formação de Homens e Mulheres de
sólida formação.
JOSÉ AUGUSTO SEABRA
Todo o executivo camarário chefiado
pelo seu Presidente Justino do Fundo esteve presente, o Professor
Doutor José Augusto Seabra (embora tenha chegado atrasado por
motivos imprevistos, lá cumpriu a promessa de estar presente na sua
inauguração), bem como entidades da vida social da cidade
representadas em grande número.
Vinte e cinco anos depois, o Jardim
Escola João de Deus em Penafiel, é um estabelecimento de ensino de
referência nesta cidade, graças ao esforço e dedicação de todos
que dele fazem ou fizeram parte.
Já vagueiam
pela cidade os “peregrinos canequeiros” rumo à “Meca” de S.
Martinho, situada em Puços – Penafiel.
De caneca na
mão lá vão passando de pipa em pipa para lhe tirar a prova, dando
voltas e mais voltas como se de uma promessa se trata-se à catedral
do vinho novo.
Foto de Sérgio Dias
Nesta dança
as canecas vão passando de mão em mão, por vezes acompanhadas ao
som de uma castanha a estalar na quentura do fogareiro, de uma
fartura à moda de Lisboa, de um pão com chouriço ou de outro
apeguilho qualquer, ou como me dizia um amigo que já partiu, nada
melhor que uma conversa para se beber uns copos.
Foto de Sérgio Dias
O S.
Martinho, padroeiro de Penafiel, que se encontra na igreja Matriz,
por vezes não é visitado, pois os GPSs daqueles que nos visitam
estão virados para outro ponto de encontro da cidade.
Para animar
os bailes improvisados que se realizam em qualquer recanto da cidade,
neste domingo de S. Martinho, não encontrei música mais adequada do que esta interpretada pela
Tonicha....