O LAGO DO SAMEIRO
O
LAGO DO SAMEIRO
Quando se iniciaram as
obras do Santuário e do Parque, os habitantes de Penafiel, dentro das suas
possibilidades financeiras contribuíram para este melhoramento citadino, e
todos ostentavam orgulho nisso.
Mais tarde, veio até
nós o inolvidável Zeferino de Oliveira, e graças à sua benemérita generosidade,
e indiscutível amor pátrio, as obras do Santuário e do Parque, tiveram então o
seu maior impulso.
Zeferino de Oliveira,
foi um verdadeiro mecenas, quer do Santuário de Nossa Senhora da Piedade e
Santos Passos, quer do Parque que o circunda e que havia de ser baptizado com o
nome deste benfeitor.
No ano de 1922, no
Parque inicia-se a construção do lago grande (desenhado pela Companhia
Hortícola Portuense), rompendo-se fragas e nivelando alicerces; levantam-se
muros de suporte; surribam-se terras; exploram-se e canalizam-se mais águas;
rasgam-se novas ruas e aleias (caminhos ladeados de árvores), preparam-se
canteiros para a plantação de arbustos.
Todo o Parque se acha
num autêntico frenesim de trabalhos e obras, chegando a estar ocupados,
simultaneamente e em tarefas várias, mais de cem operários.
Tudo isto a expensas de
Zeferino de Oliveira.
A Comissão
Pró-Penafiel, pensa e formula uma justíssima homenagem a Zeferino de Oliveira,
ao que este se opõe categoricamente, chegando mesmo a ameaçar cortar as verbas
necessárias para os trabalhos do Parque e Santuário.
Depois do seu
falecimento, a Câmara Municipal de Penafiel, delibera, na sua reunião ordinária
de 1 de Outubro de 1934, inaugurar o busto de Zeferino de Oliveira no Parque,
que entretanto já tinha recebido o seu nome, tal como a avenida que o ladeira
pela parte norte.
Neste lago, realizavam-se
nas décadas de 50;60: e 70, geralmente no segundo sábado de Setembro as famosas Festa do
Lago. O lago era esvaziado e limpo, para no seu interior e ao som da música os
pares se entrelaçarem na dança, até a lua se ir deitar.
Agora os ventos do furacão
do nacional parolismo (que veste pelo figurino das modas dos dinheiros fáceis
da U.E.), varreram todo este esforço monetário de penafidelenses, para
alindarem a sua terra natal, entre eles Zeferino de Oliveira e seu filho Mário
de Oliveira.
Mas de uma coisa estou
certo, enquanto houver penafidelenses que amem a sua terra, Homens como Zeferino
e Mário de Oliveira sempre se perpetuarão nas suas memórias, assim como todo este património municipal destruído, por gente sem alma penafidelense.