29 dezembro 2013

É PRECISO ACREDITAR



É PRECISO ACREDITAR


O ano de 2013, que agora está a terminar, não deixa muitas saudades.

Muitos caíram no flagelo do desemprego, engrossando o caudal de pobres, dos sem-abrigo, enquanto do outro lado da balança, temos os ricos cada vez mais ricos. 

O (des)governo, teve o descaramento de mandar a juventude emigrar do seu próprio país, enquanto vende a preço de saldo o pouco que sobra da economia, tornando-se num simples cobrador de impostos.

Mas nem tudo foi mau.


Temos um Papa que põe em causa este sistema económico que apenas serve para fabricar pobres em quantidades nunca vistas, que desce do seu cadeirão e vem falar, abraçar, beijar e caminhar juntamente com o povo anónimo. 

Luiz Goes na sua “Cantiga para quem sonha” cantava: 

“Tu que crês num mundo maior e melhor
Grita bem alto que o céu está aqui
Tu que vês irmão, só irmãos em redor
Crê que esse mundo começa por ti

Canta, canta como uma ave ou um rio
Dá o teu braço aos que querem sonhar
Quem trouxer mãos livres ou um assobio
Nem é preciso que saiba cantar”

Apesar de tudo, alguns de nós ainda acreditámos que é possível um mundo melhor.


- Bom domingo!

25 dezembro 2013

2.º TORNEIO POPULAR DE FUTEBOL

2.º TORNEIO POPULAR DE FUTEBOL
ORGANIZADO PELO FUTEBOL CLUBE DE PENAFIEL


Em 1963, ou seja fez este ano cinquenta anos que o F. C. de Penafiel, organizou o seu segundo torneio popular de futebol, com o objectivo de captar novos valores para o clube, assim como rodar a equipa dos juniores.

Para este torneio, inscreveram-se dez equipas: O Grupo Desportivo do Albano & Miguel; Alma Caídense; Águias de Santa Marta; Unidos à Pressa; F. C. do Carmo; Retorta Futebol Clube; Onze Estrelas de Manuel M. Leal; Futebol Clube Guedixe; Boas Festas e Juniores do F. C. de Penafiel. 

Depois do sorteio dos jogos, o calendário ficou assim ordenado:




Este torneio decorria no período de tempo que compreendia o final do campeonato e o começo de outro.

A maior goleada que se verificou no torneio, foi no jogo que Os Unidos à Pressa, venceram o Guedixe por oito bolas a uma.

No final o vencedor foi o Grupo Desportivo Albano & Miguel, que representava a firma com o mesmo nome.

 Até os árbitros do torneio eram amadores, sendo recrutados entre antigos jogadores como pessoas ligadas ao desporto rei.

Assim temos as pessoas que arbitraram os jogos do torneio, por ordem alfabética: António Santos; Arlindo Pinto; Bernardino José de Oliveira; Fernando Guedes; Joaquim da Silva; José Ferreira; José Maria; Manuel Rodrigues e Paulino Manuel Ribeiro.


Aqui vão os craques das equipas que à 50 anos atrás, abrilhantaram o 2.º Torneiro Popular de Futebol:

GRUPO DESPORTIVO DO ALBANO & MIGUEL
Cardoso, Fernando, Ribeiro, Joaquim, Castro, Gaspar, Samuel, Nelson, Álvaro, Ribeiro II, Aparício, Tomás, António José, Manuel Ribeiro, Santos, Sousa I, Sousa II e Silva.

ALMA CAÍDENSE
Xavier, Antero, Bruno, António, Lino, Mendes, Alfredo, Eduardo, Guerra, António Guerra, Babo, Couto, Teixeira, Lima, Caetano, Magalhães, Moura, Mendes, José, e Pinto Bessa.

ÁGUIAS DE SANTA MARTA
Magalhães, Rodrigues, João, Santos, Barbosa, Teixeira, Silvino, Coelho, Pacheco, Carvalho, Rodrigo, Salvador, Ribeiro, Manuel, Antero, Barroso, Travassos e Mota.

JUNIORES DO FUTEBOL CLUBE DE PENAFIEL
Edmundo, Couto, Oliveira, Moura, Alcides, Abílio, Rocha, Zeferino, Aires, Fontes, Deolindo, Acácio, Fernando Queirós, Antero, Bessa, Alfredo, Augusto e Alves.

UNIDOS À PRESSA
Fernando, Júlio, Alberto, Manuel, Afonso, Armando, Magalhães, Orlando, Ricardo, Justiniano, Reis, Pinto, Altino, Ferreira, Barbosa, Fernando Pinto, Arriscado, Rodrigues, Moreira e Armindo.

FUTEBOL CLUBE DO CARMO
David, Mendes, Ferraz, Santos, Delfins, Carvalho, Barros, Armando, Seminário, Rodrigues, Dias, Ferreira, Agostinho, Rodrigo e Rocha

RETORTA FUTEBOL CLUBE
Carlos Alberto, Pedro, Duarte, Barros, Duarte III, Freitas, Coelho, Secretário, Francisco, Garcês, Eusébio, João, César, Machado, Garcia, Magalhães, José Duarte Pinto, Zeca, Fernando, Henrique, Monteiro e Duarte II.

ONZE ESTRELAS de MANUEL M. LEAL
Leal, Domiciano, Simão, Rui, Machado, Chaves, Aníbal, Orlando, Soares, Nelo, Carlos, Caldas, Luís, Pereira, Soares, Leitão, João, Caetano, Castro, Zé Maria, Coelho e Fernando.

FUTEBOL CLUBE DE GUEDIXE
Violante, Júlio, Luís, Pintos, Emílio, Dias, Barbosa, Ernesto, João, Ferreira, Serafim, Moreira, Gonçalves, Norberto, Meireles, Nunes, Alcino, José António, Adriano, Reis, Guimarães, Volante II, Tavares, Nogueira, Oliveira, Violante III e Manuel.

BOAS FESTAS
Madureira, Álvaro, Silva, Bessa, José Aires, Eurico, Virgílio, Pinto, Germano, Castro, Rodrigo Aguiar, Oliveira, Victor, Borges, Cardoso, Marcelo, Gaspar, José Silva, Marques e Cara de Anjo. 
 
O balanço final destes torneios, foram sempre muito positivos para o Futebol Clube de Penafiel. 


Basta observar a foto desta equipa onde se podem ver que três jogadores (Nila, Maioto e Nelson), saídos destes torneios.

Nada melhor para fechar o ano que esta resenha de futebol amador, e mandar uma valente biqueirada a 2013, e retomar o jogo da vida em 2014.

A todos desejo um BOM ANO.

22 dezembro 2013

OS OPERÁRIOS DO NATAL



OS OPERÁRIOS DO NATAL


Nesta época natalícia, um dos discos que mais gosto de colocar no gira-discos e fazê-lo rodar é o dos “Operários do Natal”.

Este LP contém nas suas canções, doses de ternura, fraternidade e de solidariedade, que ainda hoje não encontrei em mais nenhum outro disco dedicado ao Natal.

Os textos foram escritos pelo Ary dos Santos e pelo Joaquim Pessoa, e as músicas têm a assinatura de Carlos Mendes, Fernando Tordo, Paulo de Carvalho, e toda a narrativa é feita por Maria Helena D’Eça Leal.

Nas ruas da cidade há mais luz, as pessoas sorriem e as compras são embrulhadas em papéis brilhantes e fitas douradas.

Aparecem Pais-Natais por todos os lados, dando balões de diversas cores aos meninos.

Afinal é o sonho que renasce e acaba no rasgar do papel na abertura das prendas.


Mas no fundo do nosso coração, há um Natal que perdura em cada um de nós, porque como diz a canção, cada amigo nosso vale mais que um Pai-Natal.




- A todos um bom domingo, e um Santo Natal!

17 dezembro 2013

AS CATEQUISTAS



AS CATEQUISTAS


Hoje em dia vejo muita gente a fazer voluntariado por essas instituições, mas as primeiras voluntárias que conheci, quando ainda esta palavra não estava tão em moda, nem contava para qualquer curriculum vitae para emprego, foram as minhas catequistas.


No meu tempo, ou seja, há mais de meio século atrás, eram geralmente mulheres, que tinham como canseira dominical, estarem às 9 horas na Igreja Matriz de Penafiel, para nos ensinar a Doutrina Cristã.

Nós sentávamos num banco corrido de madeira, e a senhora catequista num banco de frente para nós e com o catecismo na mão, nos ensinava e fazia perguntas para testar a nossa atenção.


Antes das dez horas vinha a Zulmirinha (creio que era assim que se chamava a senhora que vivia na Sagrada Família), distribuir uma senha de presença estilo santinho. Quem menos faltasse à catequese, mais senhas tinha no final do ano.


Quando se aproximava os exames da catequese, que eram feitos pelo Sr. Padre Albano, as catequistas que tinham brio que todos os seus meninos passassem, davam ensinamentos extras aos mais enrascados nas suas próprias casas.


Graças a essa gente, aprendemos a fazer o pelo sinal da Santa Cruz, a rezar o Padre-Nosso, a Ave-maria, a Salve-rainha, a dizermos a Confissão, o Credo e muitas mais coisas que aplicamos hoje na Santa Missa.


Ainda tive um ou dois anos, em que a missa era rezada em latim, e com o padre voltado de costas para o povo.

Depois vinha a 1.ª Comunhão também chamada de pequenina ou da rosquinha, já que no final das cerimónias religiosas era oferecido uma mini rosca feita em pão, nas padarias para o efeito.


Por volta dos dez anos, fazia-se a 4.ª classe no ensino obrigatório e a Comunhão Solene.

Esta era sempre no segundo domingo depois da Páscoa. 

Aí os rapazes e as meninas, vestiam-se com as suas melhores fatiotas, parecendo os meninos uns homenzinhos de fato e gravata e as meninas com as suas vestes noivas em miniatura.


Ao meio da cerimónia religiosa saíam em procissão da Igreja Matriz para o Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Penafiel, e no átrio deste era-lhes servido um pequeno-almoço, em que constava de pão, doces e para beber leite ou café, que muitos misturavam bebendo um galão. Enquanto isto se desenrolava, uma banda de música animava a festa.


No final a procissão recolhia de novo à Igreja Matriz onde se finalizava a cerimónia religiosa com a entrega de um diploma.

A maioria acabava aqui a sua catequese, embora alguns, continuavam a frequentar a perseverança. 


Para encerramento de tudo isto, vinha a festa da catequese.

 Esta decorria no parque Zeferino de Oliveira mais conhecido por Jardim do Sameiro, onde neste recanto (ver foto), era montado um bazar, em que todos poderíamos comprar algo com as senhas de presença da catequese.


Não faço ideia onde as meninas as aplicavam, mas os rapazes eram nos rebuçados que traziam cromos da bola e quase todos coleccionavam.


Em virtude de não possuir nenhuma senha de presença para ilustrar este texto, restou-me em forma de homenagem a todas as catequistas desse tempo e de agora, as imagens do meu catecismo da Primeira Comunhão.