13 novembro 2017

HÁ SEMPRE UMA PRIMEIRA VEZ

HÁ SEMPRE UMA 
PRIMEIRA VEZ

Foto de Sérgio Dias

Como diz o nosso povo, para tudo há sempre uma primeira vez.



No dia 11 de Novembro de 2017, os meus olhos viram três coisas pela primeira vez, o que numa linguagem publicitária, podia-se muito bem rotular de 3 em 1.

Foto Sérgio Dias


1.ª - A Procissão de S. Martinho 
 



O que parece uma coisa normalíssima, na verdade não o é, porque não há registo de qualquer procissão a este santo na cidade de Penafiel, a não ser aquela em que se realizou no dia 6 de Novembro no ano de 1569, quando a imagem de S. Martinho saiu em solene procissão da igreja paroquial de Moazares (hoje Capela de Santa Luzia), para a sua nova morada a Igreja Matriz da Vila de Arrifana de Sousa, actualmente cidade de Penafiel. 
 

Foto de Aurora Nogueira Santos

No sábado, 11 de Novembro de 2017, no final da Missa Solene em Honra de S. Martinho, que se realizou na Igreja Matriz de Penafiel pelas 10h15m, celebrada pelo pároco da freguesia Paulo Rocha, saiu pela primeira vez a procissão em honra ao nosso Padroeiro.



Abriam a procissão um grupo de cinco cavaleiros, montados nos seus belos cavalos, seguidos pela fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Penafiel, Cruz Paroquial, Grupo Nacional de Escutas – 557 Penafiel, Liga dos Combatentes de Penafiel, Filhas de Maria, Confraria de Santa Luzia, Confraria de


S. Roque, Confraria do Santíssimo Sacramento, Confraria do Imaculado Coração de Maria, 


Ordem Terceira de S. Francisco, Ordem Terceira do Carmo, 
 



Santa Casa da Misericórdia de Penafiel, Estandarte de S. Martinho, Comissão de S. Martinho, Andor de S. Martinho, Grupo de Acólitos, à frente do palio seguiam o Padre Neves, Padre Afonso Cunha e o Diácono Luís Tadeu, e debaixo do mesmo o Padre da Freguesia de Penafiel, Paulo Jorge Barbosa da Rocha.



Eram visíveis logo a seguir, o Presidente da Câmara de Penafiel, Antonino de Sousa, o Presidente da Junta, Carlos Leão, o Comandante dos Bombeiros Voluntários de Penafiel, António Paulino, o Vereador Rodrigo Lopes, e muito povo.

Foto de Napoleão Dias Monteiro

Perante aquilo que meus olhos viram, posso afirmar sem qualquer sombra de dúvidas, que a Procissão em Honra ao S. Martinho foi um êxito, pelo que nunca é de mais elogiar todos aqueles que contribuíram para a sua realização, a começar pelo pároco da freguesia Paulo Rocha, à comissão da festa encabeçada pelo Augusto Paulino até a todos e a todas que tomaram parte da mesma, os meus sinceros parabéns.

Foto de Napoleão Dias Monteiro


2.ª - O Estandarte de S. Martinho




O Estandarte de S. Martinho da Paróquia de Penafiel, que pela primeira vez desfilou pelas ruas desta cidade, integrado numa procissão, de certeza que de agora em diante o iremos ver a tomar parte na Procissão do Corpo de Deus e outras, onde se pode ler em fundo branco: “S. Martinho – Paróquia de Penafiel”, em letras douradas e ver aquela imagem que se encontra no altar -mor da Igreja Matriz com S. Martinho montado no seu branco cavalo, dando metade da sua capa ao pobre, encimada por seis anjos e pelo Espírito Santo em forma de pomba descendo do céu, estampada no estandarte.

3.ª - O percurso da procissão






Saiu da Igreja Matriz e subiu a Rua do Sacramento, seguindo para a Rua Faião Soares, Travessa do Município, Praça do Município, começando a descer a Rua Araújo e Silva, virando para a Rua Mário de Oliveira, desaguando no Largo Padre Albano Ferreira de Almeida, recolhendo na Igreja Matriz de onde tinha partido.



Até aqui no percurso os meus olhos viram pela primeira vez uma procissão desfilar pela antiga Avenida Nova agora Rua Faião Soares.


Foto de Aurora Nogueira Santos


Embora o percurso fosse curto, era notório o sacrifício com que o Padre Afonso Cunha o percorria, pelo que não poderia deixar de registar todo o seu esforço dispensado para levar até ao fim a sua missão.



Vou terminar este texto falando um pouco para o além com o meu amigo Amadeu Clemente Teixeira, grande Chefe Escuteiro do Agrupamento 557 de Penafiel, tendo como seu patrono S. Martinho.



Tu que partiste deste mundo, com esta ideia da realização da procissão ao S. Martinho nosso padroeiro por realizares, de certeza que assististe lá do alto a tudo isto. 

- E que tal Amadeu?



Estou mesmo a imaginar-te sentado ao lado do Senhor com o teu ar sereno, acenando-me com o teu polegar erguido, debitando um sorriso enorme ao veres os teus a tomarem parte do teu sonho agora realizado.





Desculpem os leitores por este meu atrevimento final deste texto, que para a maioria nada lhes diz, mas eu pessoalmente não ficava de bem comigo mesmo se o não fizesse, pois por mais que nos custe, é sempre bom recordar amigos.