NA ROTA DA MAÇONARIA EM PENAFIEL
NA
ROTA DA MAÇONARIA
EM
PENAFIEL
Em
1863, é inaugurada a filial de Penafiel da franco - maçonaria, e
por tal motivo foi servido um esplêndido banquete no Solar de
Cabanelas, situado na freguesia de Bustelo.
Nele
tomaram parte:
Valentim
Vieira Gomes – Como representante da Loja de Faria Guimarães do
Porto, e grande propulsor da franco - maçonaria, onde alcançou
elevado grau.
António
José da Silva Teixeira – Também irmão da Loja da Faria
Guimarães.
Dr.
António da Cunha Vieira de Meireles – Como representante das Lojas
de Coimbra.
Dr.
António Augusto Soares Rodrigues Ferreira
Dr.
Abílio Aires Pereira de Freitas Beça
Padre
José Carlos de Sousa Leão
Augusto
César de Magalhães
Agostinho
da Rocha Beça
Dr.
Germano Vieira de Meireles
Dr.
António Joaquim de Araújo
Vitorino
Barbosa da Costa Guimarães
Francisco
Pereira de Faria
Francisco
Pinto de Queiroz
Barão
da Várzea do Douro
Dr.
Rodrigo Teles de Menezes
António
Leal de Lemos Reimão
José
Felix de Paiva Braga
Dr.
José Feliciano Vaz Pinto da Veiga
Ilídio
Marinho Falcão
José
Maria Crivas
Joaquim
Augusto Ferraz de Menezes
Alexandre
de Vasconcelos Brandão
Melo
Leite Cabral
Joaquim
Leite Cabral
Depois
de devidamente regulamentada, a Loja Maçónica de Penafiel,
funcionou em três locais na cidade.
Rua de Chelo |
1.º
- Na Rua de Chelo, numa casa solitária, onde morava o tenente José
Maria Crivas, excelente fotógrafo amador.
Ao
calcorrear a Rua de Chelo, e ao verificarmos as poucas casas nela
existente, a única que apresentava bilhete de identidade para ser
dessa época, era a que apresenta o portão que se vê na foto.
Antigo Palacete do Barão do Calvário |
2.º
- Numa parte do palacete do Barão do Calvário.
Depois de transpormos o portão de ferro, deparamos com um átrio ajardinado
Depois de transpormos o portão de ferro, deparamos com um átrio ajardinado
Depois
seguimos até à porta de entrada, onde se pode ler na parte superior
da mesma o ano de 1929.
1929,
foi o ano em que a Câmara Municipal de Penafiel adquiriu o palacete,
tendo instalado nele o Tribunal, o Registo Civil, o Registo Predial e
no seu rés-do-chão a cadeia.
Onde funcionou a cadeia |
Hoje
o palacete é todo ele ocupado pela Biblioteca Municipal de Penafiel, que foi inaugurada pelo Presidente da República Dr. Mário Soares, no dia 4 de Março de 1995.
3.º
– Na Praça Municipal, no prédio onde nasceu o poeta e escritor
penafidelense Joaquim de Araújo, que em 1894, foi nomeado cônsul de
Portugal em Génova, Itália.
Antiga sede e última da Maçonaria em Penafiel |
Actualmente
está lá instalado o Institutoptico de Penafiel e o Café Bar.
O
jornal “O SÉCULO XIX”, foi o primeiro jornal que se publicou em
Penafiel.
Inicia
a sua publicação a 2 de Março de 1864, e termina a 30 de Agosto de
1865.
Era
bi-semanal, pois publicava-se às quartas-feiras e aos sábados, e
estava ligado à loja maçónica de Penafiel, bastando ver o corpo
redactorial do mesmo.
Eram
seus redactores o Dr. Germano Vieira de Meireles, primoroso estilista
e denodado atleta nas pugnas da imprensa.
O seu irmão António
Vieira de Meireles, lente de medicina na Universidade de Coimbra,
autor de várias obras científicas. Foi redactor responsável do
jornal, o cunhado dos primeiros, o Dr. Rodrigo Telles de Menezes,
distinto advogado.
Teve
o “Século XIX”, colaboradores assíduos da grandeza de Antero de
Quental, João de Deus e António de Azevedo Castelo Branco, que
muito brilharam nas letras Pátrias.
Rua do Bom Retiro |
O
administrador deste jornal, era o sr. António Leal de Lemos Reimão,
sendo a casa da redacção e tipografia na Rua do Bom Retiro.
A
morte obscura de António Leal de Lemos Reimão, vai precipitar o
fim da Loja Maçónica em Penafiel.
António
Leal de Lemos Reimão, foi encontrado morto no monte de S. Romão, na
freguesia de Croca, que dista 4 Km da cidade de Penafiel.
Enquanto
o jornal “O Século XIX”, justificava a morte como fuga por
alucinação, o insulto apoplética, o suicídio por envenenamento,
espalhando estas hipóteses aos quatro ventos, com a finalidade de
contrariar ou até esconder a causa que corria de boca em boca na
cidade, que era a seguinte:
D.
Miguel Vaz Guedes de Ataíde Malafaia, então administrador de
Penafiel, era um inimigo terrível, que os maçónicos de Penafiel
viam de mau grado, escalpelizando os actos da sua administração com
arrogância e absoluta destimidez.
Calhou
em sorte que António Leal de Lemos Reimão, teria que mandar desta
para melhor D. Miguel Vaz Guedes de Ataíde Malafaia, e como este não
cumpriu a sua missão, pagou ele com a própria vida, sendo
encontrado morto com a língua cortada no monte de S. Romão em
Croca.
Igreja Matriz de Penafiel |
Na
sexta-feira, 26 de Agosto de 1865, na Igreja Matriz, desta cidade,
teve lugar as cerimónias fúnebres do sr. António Leal de Lemos
Reimão, presidida pelo padre Luiz Mesquita de Carvalho que descreveu
as altas virtudes que adornavam o amigo falecido e lamentava a sua
perda.
A
Loja Maçónica, “abateu colunas”, como se diz no ritual da
maçonaria ao seu encerramento no ano de 1865, juntamente com o seu
jornal “O Século XIX”.
Desde os tempos de antanho que o povo português gosta de rotas, sendo a mais importante de todas, a do caminho marítimo para a Índia, e como de alguns anos a esta parte entraram novamente em moda as rotas nesta santa terrinha, desde a Rota do Vinho Verde à mais recente Rota do Românico, lembrei-me de lançar esta Rota da Maçonaria, sem qualquer subsídio da U.E., Junta, Câmara ou Loja Maçónica, mas apenas com a minha Pena Fiel.
Desde os tempos de antanho que o povo português gosta de rotas, sendo a mais importante de todas, a do caminho marítimo para a Índia, e como de alguns anos a esta parte entraram novamente em moda as rotas nesta santa terrinha, desde a Rota do Vinho Verde à mais recente Rota do Românico, lembrei-me de lançar esta Rota da Maçonaria, sem qualquer subsídio da U.E., Junta, Câmara ou Loja Maçónica, mas apenas com a minha Pena Fiel.
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