TERESA SILVA DE CARVALHO
TERESA SILVA
DE CARVALHO
Teresa
Silva de Carvalho, nasceu em 1938, e com apenas 18 anos apresentou-se ao vivo, pela primeira vez, em
Fão, Ofir, por altura do Cortejo dos Banhistas, integrada num espectáculo de
beneficência.
Foi o primeiro passo para uma carreira bem sucedida no mundo
artístico e da música popular portuguesa e que a levam, também, a participar,
mais tarde, no programa radiofónico da Emissora Nacional “Nova Onda”.
Teresa Silva Carvalho prossegue os
seus estudos e entra para a Escola de Hotelaria sem, no entanto, abandonar a
música, pelo contrário, iniciando aulas de canto com D. Maria Amélia Duarte
D´Almeida.
1965 - Viaja até
ao Brasil, onde acontece a sua primeira
aparição em TV é no Brasil onde também actua ao vivo.
No regresso a Portugal
canta regularmente na casa de fados Taverna do Embuçado pertencente a
João Ferreira Rosa.
1969 - Grava o seu
primeiro disco para a Tecla com o título Teresa Silva de Carvalho.
1970 - Recebe o Prémio de Imprensa, destinado à Revelação de 1969.
1976 - Lança o
álbum "Fados" e são lançados vários EP com as canções do disco.
1977 - Edita o seu
mais reconhecido álbum , "Ó rama, ó que linda rama", com produção de
Vitorino.
O álbum "Ó
Rama, Ó Que Linda Rama", tem produção, direcção musical e arranjos de
Vitorino Salomé, Teresa Silva Carvalho envereda pela música popular portuguesa
com belíssimas interpretações de temas tradicionais ("Ó Rama, Ó Que Linda
Rama"; "Moda de Silvares"), recriações de canções de José Afonso
("Verdes São os Campos", sobre poema de Luís de Camões; "Canto
Moço", "Era Um Redondo Vocábulo"; "Moda do Entrudo",
sobre tema tradicional da Beira Baixa; "Que Amor Não Me Engana",
"Mulher da Erva") e ainda dois temas com música de Vitorino
("Mas Que Fresca Mondadeira", sobre poema de Francisco Martins Ramos;
e "Litania Para um Amor Ausente", sobre poema de Luís Andrade
Pignatelli).
As participações instrumentais são assinadas por músicos de primeira
água: Júlio Pereira (violas acústica e clássica, bandolim e percussões), Pedro
Caldeira Cabral (guitarra portuguesa e rabeca), Catarina Latino (flauta barroca
e cornamusa), Zé Luiz Iglésias (viola clássica), Pintinhas (percussões), Hélder
Reis (acordeão). Participa ainda o Grupo Coral de Cantadores do Redondo, em
cujo elenco se conta o próprio Vitorino e Janita Salomé.
Este belíssimo
disco de música portuguesa tem ainda o mérito de constituir um relevante
tributo, e talvez o mais significativo, que foi prestado ao autor de
"Grândola, Vila Morena", quando ainda estava vivo e de boa saúde.
1979 - Participa
no Festival da RTP da Canção com os temas "Cantemos até Ser Dia" e
"Maria, Maria".
1981 - Participou
no programa "E o resto são cantigas" dedicado ao maestro Frederico
Valério.
1985 - No dia 14
de Outubro actua, com Carlos do Carmo, no Centro de Arte Moderna da Fundação
Calouste Gulbenkian, num concerto dedicado aos Fados e Canções de Lisboa.
1986 - A 31 de
Janeiro participa num concerto de homenagem a Jacques Brel realizado no
Instituto Franco-Português. Este espectáculo integraria ainda as actuações de
Janita Salomé, José Mário Branco, Sérgio Godinho, Carlos do Carmo, Vitorino e a
participação especial de Juliette Gréco.
1988 - Participou
no 7º episódio do programa "Humor de Perdição", de Herman José, num episódio dedicado a Florbela Espanca.
Após este período
de sucesso e reconhecimento artístico, Teresa Silva Carvalho opta pela sua vida
privada e afasta-se do mundo do espectáculo.
Já na era do CD foram reeditadas várias colectâneas da sua obra.
1994 - Na série O
Melhor dos Melhores (n.º35) (CD, Movieplay, 1994).
Neste mesmo ano é
lançado no mercado discográfico o CD Canções Gratas (Strauss, 1994) - ST
03011010172.
2000 - Na série
Clássicos da Renascença n.º 63.
2008 - Álbum de
Recordações
Para recordar a
belíssima voz de Teresa Silva de Carvalho, vamos ouvir o celebérrimo
"Adágio" de Albinoni, com um poema expressamente escrito para ela por
Ary dos Santos.
- Bom domingo!
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