07 junho 2015

TERESA SILVA DE CARVALHO



TERESA SILVA DE CARVALHO



Teresa Silva de Carvalho, nasceu em 1938, e com apenas 18 anos  apresentou-se ao vivo, pela primeira vez, em Fão, Ofir, por altura do Cortejo dos Banhistas, integrada num espectáculo de beneficência. 

Foi o primeiro passo para uma carreira bem sucedida no mundo artístico e da música popular portuguesa e que a levam, também, a participar, mais tarde, no programa radiofónico da Emissora Nacional “Nova Onda”.

Teresa Silva Carvalho prossegue os seus estudos e entra para a Escola de Hotelaria sem, no entanto, abandonar a música, pelo contrário, iniciando aulas de canto com D. Maria Amélia Duarte D´Almeida.  

1965 - Viaja até ao Brasil, onde acontece a sua primeira aparição em TV é no Brasil onde também actua ao vivo.
No regresso a Portugal canta regularmente na casa de fados Taverna do Embuçado pertencente a João Ferreira Rosa.  



1969 - Grava o seu primeiro disco para a Tecla com o título Teresa Silva de Carvalho. 

1970 - Recebe o Prémio de Imprensa, destinado à Revelação de 1969.



1976 - Lança o álbum "Fados" e são lançados vários EP com as canções do disco. 



1977 - Edita o seu mais reconhecido álbum , "Ó rama, ó que linda rama", com produção de Vitorino. 

O álbum "Ó Rama, Ó Que Linda Rama", tem produção, direcção musical e arranjos de Vitorino Salomé, Teresa Silva Carvalho envereda pela música popular portuguesa com belíssimas interpretações de temas tradicionais ("Ó Rama, Ó Que Linda Rama"; "Moda de Silvares"), recriações de canções de José Afonso ("Verdes São os Campos", sobre poema de Luís de Camões; "Canto Moço", "Era Um Redondo Vocábulo"; "Moda do Entrudo", sobre tema tradicional da Beira Baixa; "Que Amor Não Me Engana", "Mulher da Erva") e ainda dois temas com música de Vitorino ("Mas Que Fresca Mondadeira", sobre poema de Francisco Martins Ramos; e "Litania Para um Amor Ausente", sobre poema de Luís Andrade Pignatelli). 

As participações instrumentais são assinadas por músicos de primeira água: Júlio Pereira (violas acústica e clássica, bandolim e percussões), Pedro Caldeira Cabral (guitarra portuguesa e rabeca), Catarina Latino (flauta barroca e cornamusa), Zé Luiz Iglésias (viola clássica), Pintinhas (percussões), Hélder Reis (acordeão). Participa ainda o Grupo Coral de Cantadores do Redondo, em cujo elenco se conta o próprio Vitorino e Janita Salomé. 

Este belíssimo disco de música portuguesa tem ainda o mérito de constituir um relevante tributo, e talvez o mais significativo, que foi prestado ao autor de "Grândola, Vila Morena", quando ainda estava vivo e de boa saúde.


1979 - Participa no Festival da RTP da Canção com os temas "Cantemos até Ser Dia" e "Maria, Maria". 

1981 - Participou no programa "E o resto são cantigas" dedicado ao maestro Frederico Valério.

1985 - No dia 14 de Outubro actua, com Carlos do Carmo, no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, num concerto dedicado aos Fados e Canções de Lisboa.

1986 - A 31 de Janeiro participa num concerto de homenagem a Jacques Brel realizado no Instituto Franco-Português. Este espectáculo integraria ainda as actuações de Janita Salomé, José Mário Branco, Sérgio Godinho, Carlos do Carmo, Vitorino e a participação especial de Juliette Gréco.

1988 - Participou no 7º episódio do programa "Humor de Perdição", de Herman José,  num episódio dedicado a  Florbela Espanca.

Após este período de sucesso e reconhecimento artístico, Teresa Silva Carvalho opta pela sua vida privada e afasta-se do mundo do espectáculo.

Já na era do CD foram reeditadas várias colectâneas da sua obra.


1994 - Na série O Melhor dos Melhores (n.º35) (CD, Movieplay, 1994).


Neste mesmo ano é lançado no mercado discográfico o CD Canções Gratas (Strauss, 1994) - ST 03011010172.


2000 - Na série Clássicos da Renascença n.º 63.


2008 - Álbum de Recordações

Para recordar a belíssima voz de Teresa Silva de Carvalho, vamos ouvir o celebérrimo "Adágio" de Albinoni, com um poema expressamente escrito para ela por Ary dos Santos.




- Bom domingo!