1967 - NOVA ILUMINAÇÃO PÚBLICA
1967
- NOVA ILUMINAÇÃO PÚBLICA
NAS
AVENIDAS SACADURA CABRAL
E EGAS MONIZ
As ruas onde se tem
gasto mais dinheiro em Penafiel, são sem sombras de dúvidas as Avenidas
Sacadura Cabral e Egas Moniz.
Não conheço presidente
de câmara que não tenha lá feito algo, nem que para tal tenha que destruir o
que foi feito pelos seus antecessores.
Esta modificação que
vou falar, foi executada sendo presidente da câmara o Coronel Cipriano Alfredo
Fontes, no ano de 1967.
Neste ano vão
desaparecer as árvores que existiam no passeio separador das avenidas.
Em sua substituição,
vão aparecer umas floreiras em forma de cestas.
Os bonitos candeeiros
de iluminação pública, foram trocados por colunas de marmorite com braços
duplos.
Estas modificações
foram inauguradas na sexta-feira, dia 30 de Junho de 1967, por volta das 21,30
horas, ou seja quando a noite começa a aparecer com o seu manto de escuridão, a
nossa terra despertou graças a um acontecimento que entusiasmou grandemente
todos os penafidelenses, embora já de há tempo fosse esperado.
As avenidas de Sacadura
Cabral e de Egas Moniz, que constituem por assim dizer o coração comercial da
cidade, apresentaram-se iluminadas segundo uma nova instalação eléctrica ultimamente
montada, e que veio melhorar imenso essas artérias a nível de luminosidade.
Penafiel alinda-se e
embeleza-se pouco a pouco e o passo que agora deu com este melhoramento é
produto da obra que o Município vem realizando sob a orientação do seu
presidente Fontes.
António Clemente Teixeira, Augusto Vieira, Eng.º Correia, Presidente da Câmara Coronel Cipriano Fontes, os outros não sei os nomes. |
Várias pessoas que assistiram ao aparecimento da nova luz nas avenidas,
agora fornecida por uma cabine construída na rua do Bom Retiro, todas são
unanimes em afirmar que é do melhor que se tem visto.
Hoje passados tantos anos, não é difícil adivinhar que estes candeeiros
de marmorite já foram para o “maneta”, e substituídos por outros.
Afinal de contas, a cidade em vez de se estender com novas avenidas,
continua a fazer jus ao rótulo de “cidade da risca ao meio”, que com o aperto
das vias que com esta última regeneração urbana, até poderá muito bem passar-se
a chamar de risquinha.
Apesar de estas duas avenidas estarem na zona dita histórica, temos
vindo a assistir a uma descaracterização constante, começando pelo derrube da
Praça do Mercado, até à expulsão do busto de Egas Moniz no início da avenida
com o seu nome.
Tanto faz estarmos no “tempo da outra senhora”, como “no tempo da
democracia”, os livros vão passando de uns para os outros, e a cantiga é sempre
a mesma:
“Quem não sabe o que fazer, deita abaixo e torna a erguer”.
Restam-nos estas fotos para matar saudades, do belo que havia na nossa
terra, e que alguém com o seu “Sentir Penafiel” fez desaparecer.
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