28 dezembro 2014

O QUARTETO 1111



O QUARTETO 1111


O Quarteto 1111, foi um conjunto musical, que fez furor nos anos 60 e princípio dos anos 70 no espectro musical português.


Chegou a tocar por mais de uma vez na Festa do Lago em Penafiel, e num baile de finalistas da Escola Industrial e Comercial de Penafiel.


Por isso podemos afirmar que o 1111, não é uma banda desconhecida para muitos penafidelenses.

Em 1966, José Cid é convidado a entrar para o conjunto Mistério.


Assim em 1967, juntam-se José Cid (voz e teclas), os irmãos António Moniz Pereira (guitarra) e Jorge Moniz Pereira (baixo), e Miguel Artur da Silveira (bateria).

Resolveram mudar o nome ao conjunto Mistério, e o 1111, surgiu porque o número de telefone do local onde decorriam os ensaios era 1111, e como todos acharam engraçada esta capicua, e baptizaram o quarteto com ela.



Em 1967, estreiam-se com um single, A Lenda de El-Rei D. Sebastião, sendo o primeiro disco português a tocar no programa “Em Órbita” do Rádio Clube Português, até aí só acessível a música anglo-saxónica.




Em 1968 concorrem ao Festival RTP da Canção interpretando "Balada para D.Inês", que se classifica em 3.º lugar. 

Em Março de 1968, lançam um EP que inclui esse tema, "Partindo-se" de João Roiz de Castelo Branco (retirado do "Cancioneiro Geral" de Garcia de Resende) e ainda dois temas da autoria de Jorge ("Vale de Ilusão" e "Dragão").

Jorge Moniz Pereira (mobilizado para o Ultramar), sai e entra Mário Rui Terra para o seu lugar. 




Em Novembro de 1968 é editado o EP "Dona Vitória". É editado também um single com os temas "Meu Irmão" e "Ababilah". A capa da segunda edição deste single tem uma faixa com essa indicação.




Um novo single, "Nas Terras do Fim do Mundo", é editado em Outubro de 1969. 







Ainda nesse ano é lançado o single "Génese/Os Monstros Sagrados" com a participação de Betty Wilkinson Silveira.


Algumas das canções do grupo tinham uma forte carga política, o que lhe valeu bastantes problemas com a censura. 




Já em 1970, gravam o primeiro LP, simplesmente intitulado "Quarteto 1111". Este álbum foi mandado retirar do mercado pela censura, por conter temas como "Domingo em Bidonville" e "Pigmentação".




Entretanto, Tozé Brito (vindo dos Pop Five Music Incorporated) entra para a banda substituindo Mário Rui, que é mobilizado para o Ultramar.

 


É lançado o single "Todo O Mundo É Ninguém", com base num texto de Gil Vicente. 




O grupo canta sempre em inglês, por causa da censura. A primeira edição em inglês surge em Novembro de 1970 com o single "Back To The Country". Este foi um dos discos do grupo que mais vendeu. 





O single "Ode To The Beatles" é lançado em Julho de 1971. Em Agosto actuam com bastante sucesso no Festival de Vilar de Mouros. 





Em Novembro de 1972  é editado um single do Quarteto 1111 com os temas "Sabor A Povo" e "Uma Nova Maneira de Encarar o Mundo".

Participam no Festival dos Dois Mundos, realizado no Teatro São Luís, em Lisboa, com "Sabor A Povo" que fica em 3º lugar. Um responsável da Decca inglesa convida-os para irem gravar a Inglaterra mas teriam de passar a cantar em inglês.

Mike Sergeant entra para substituir Tózé Brito que vai estudar para Inglaterra.

O Quarteto 1111 colabora com Frei Hermano da Câmara na gravação do disco "Bruma Azul do Desejado". José Cid abandona o grupo após o lançamento deste disco.



Voltam a reunir-se com José Cid, Tózé Brito, Mike Sergeant, António Moniz Pereira e Guilherme Inês. Gravam o álbum "Onde, Quando, Como, Porquê, Cantamos Pessoas Vivas" Obra-Ensaio de José Cid", com influências de rock progressivo, que é editado em finais de 1974.

O grupo termina a sua carreira no ano seguinte. 




Vítor Mamede, Rui Reis, Luís Duarte e Armindo Neves retomam o nome Quarteto 1111 e lançam um single com versões 'disco' de "Lisboa À Noite" e "Canção do Mar" editado em 1976.




Os mesmos elementos participam no Festival RTP da Canção de 1977 com "O Que Custar". Cada tema foi alvo de duas versões sendo a outra versão deste tema interpretada por uma nova formação dos Green Windows.

José Cid reúne em 1979, num programa de televisão, a primeira formação do Quarteto 1111 onde interpretam "A Lenda de El-Rei D. Sebastião". 





O segundo volume da "Antologia da Música Popular Portuguesa", publicada no ano de 1981, é dedicada ao Quarteto 1111.

José Cid, Tózé Brito, Mike Sergeant e Michel reúnem o Quarteto 1111 para o espectáculo de entrega dos prémios Gazeta de 1987. 




Na comemoração dos 20 anos do Quarteto 1111 aproveitam também para gravar. É editado um single com os temas "Os Rios Nasceram Nossos" e "Memo".



No verão de 1993, o grupo volta a ser falado com a edição da compilação "A Lenda do Quarteto 1111". Pela primeira vez a música do disco chegava ao formato CD.






Uma nova compilação sai em 1996 com a colecção Caravela da EMI-Valentim Carvalho.




O álbum "Quarteto 1111" é finalmente reeditado em CD no ano de 1998.


Como ainda há muita gente que espera pelo desejado El- Rei D. Sebastião, para resolver a crise actual, aqui fica a sua Lenda pelo Quarteto 1111.

 




- Bom domingo!