30 dezembro 2014

UM ANO DEPOIS



UM ANO DEPOIS


Na pirâmide social, as classes mais importantes, aparecem com a profissão antes do nome, ou seja:

Padre Manuel, Engenheiro Almeida, Doutor Joaquim, Professor Cunha, etc..

Os das artes e ofícios, lê-se o nome seguido da profissão, por exemplo:

Miguel electricista, Serafim barbeiro, Rocha sapateiro, e por aí fora.

Ainda há os que são catalogados pela posição geográfica do seu estabelecimento como: o Zé do Cantinho e o Martins da esquina.

Outros colam o nome da casa onde exercem a sua profissão ao do próprio, é o caso do Sr. Ricardo dos Abílios, o Sr. Zéquinha da farmácia, o Sr. Freitas da Mimosa, e muitos outros.


Por falar na Casa Mimosa, veio-me à memória, que no próximo dia 31 de Dezembro de 2014, faz um ano que a Casa Mimosa encerrou de vez as suas portas.

A casa Mimosa, abriu as suas portas no mês de Julho do ano de 1952.


Era propriedade da firma Abílio Júlio Barbosa & Companhia, Sucrs, do Sr. Adriano Alves Barbosa e Alfredo Sampaio Mesquita.

Na construção desta obra intervieram, na concepção do seu traçado, o Sr. Eng.º Fernando Graça e o Arquitecto J. Pinto dos Reis e Manuel d’Ávila.

Foram fornecedores de materiais:

Albino de Matos, P. & Barros, Lda., de Penafiel, a Lapidadora Lda., da Av. Dos Aliados do Porto, cristais e revestimentos de fachada.
A parte eléctrica esteve a cargo da Electrificadora Penafidelense, a carpintaria foi executada pelo mestre-de-obras Augusto Alves Ferreira, a parte de serralharia por Luís Maria da Silva e os mosaicos pela Social do Norte Lda, do Porto.


A Mimosa, quer pelo bom gosto do seu enorme sortido que satisfazia, cabalmente as mais requintadas e finas exigências, quer pela honestidade e modicidade dos seus preços, soube-se impor estética e comercialmente na cidade de Penafiel.

Na Casa Mimosa, encontravam-se artigos para homens, senhoras e crianças, predominando as sedas, as lãs, os estampados, camisaria, malhas e miudezas. 

Na abertura desta casa comercial a Mimosa, era gerente o meu tio Sr. Virgílio de Oliveira, conhecido na urbe pelo Sr. Virgílio da Mimosa.

Em 1962, o jornal Notícias de Penafiel, promoveu um Concurso de Montras, tendo como tema o Natal, e usando como base os artigos à venda nos respectivos estabelecimentos comerciais, tendo a Casa Mimosa vencido o mesmo.


Com o terminar do ano 2013, encerrou a casa Mimosa, sendo o seu gerente o Sr. Freitas da Mimosa, e tendo como seu colaborador o nosso amigo Adão da Mimosa.


Quando iniciei este texto, não era minha intenção vir desaguar na Casa Mimosa, mas o meu gatinho, sempre atento ao que escrevo, segredou-me estas coisas ao ouvido, e fruto da nossa amizade, fiz-lhe a vontade.


A todos desejo continuação de Boas-Festas, e um BOM ANO 2015.

1 Comments:

Blogger Unknown said...

Grande casa, grande gente....eu tive a honra e o privilégio de desfrutar de muitos dos artigos desta casa durante muitos anos pois era a afortunada afilhada do seu tio, Sr. Virgilio de Oliveira e o aniversário, o Natal ou a Páscoa eram eventos dignos de investimento e mimos na afilhada. O sr. Freitas ainda é primo da familia e por fim o Adão veio completar o bom ambiente, ou não fosse ele um amante da pesca como o meu padrinho e o meu pai....enfim, ir à casa Mimosa era como estar em casa e essas recordações nunca deixarão de existir nem nunca deixarão de enobrecer a nossa cidade. Um abraço Fernando e votos de um feliz e próspero 2015.

11:53 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home