A ESTÁTUA DE D. AFONSO HENRIQUES
A
ESTÁTUA
DE
D. AFONSO HENRIQUES
A estátua de D. Afonso
Henriques na actualidade inserida no acesso principal ao Paço dos Duques de
Bragança, na cidade de Guimarães, é uma obra de Soares dos Reis (estátua) e
José António Gaspar (pedestal).
A ideia da sua
construção partiu de um grupo de portugueses, residentes no Rio de Janeiro,
sendo feita a angariação dos fundos necessários nas duas cidades.
Foi inaugurada a 20 de
Setembro de 1887, no Largo D. Afonso Henriques, actual Largo de São Francisco,
na presença do Rei D. Luís e restante família real.
Teve duas trasladações,
a primeira para o Toural e a segunda, em 1940, para a sua actual localização.
A 8 de Março, Câmara e Associação
Comercial acordam num programa comemorativo para o dia 1 de Agosto (dia do
nascimento de Afonso Henriques, ou seja, “do primeiro vimaranense e do
primeiro português”), do qual fará parte uma (re)inauguração da estátua do Rei
que, para o efeito, será transferida para local apropriado, e um conjunto de
propostas endereçadas ao Governo: feriado nacional a 1 de Agosto, cunhagem de
moedas e edição de selos alusivos ao 8º centenário.
As celebrações vimaranenses de 1911
acabariam por se efectuar a 6 de Agosto, um Domingo, e não a 1. Constaram
fundamentalmente de uma reunião na Sociedade Martins Sarmento, seguida de um
cortejo até à estátua agora transferida para o Largo do Toural, na base da qual
foi descerrada uma lápide testemunhando a gratidão dos vimaranenses de 1911
para com o fundador de Portugal.
A estátua de bronze que
simboliza o rei conquistador que lutou como um herói na defesa do reino
português, donde partiu à conquista de Portugal, em 1940, é novamente mudada de
local, para junto do Paço dos Duques, onde permanece até aos nossos dias.
A mesma foi fundida nas
oficinas da Companhia Aliança (Fundição de Massarelos), Porto.
Uma reprodução em ferro
desta estátua, esteve exposta na Exposição Nacional do Rio de Janeiro, no ano
de 1908, como prova este cartaz que fez parte do Museu da Estrela.
No entanto, no dia 27
de Agosto de 2014, numa brincadeira de mau gosto, um homem com 26 anos, que a
imprensa apelidou de jovem, continuando uma cruzada contra a juventude deste
país (que já foi chamada de rasca), resolveu dependurar-se na espada da estátua
de D. Afonso Henriques, na cidade de Guimarães, tendo o peso do seu corpo sido
suficiente para partir a espada de bronze do monumento.
A minha geração, com 26
anos já não era apelidada de jovem, pois já tinha ido à guerra, muitos já
teriam casado e alguns já eram pais de filhos.
Agora este homem, que
ainda por cima é vimaranense, aguarda o veredicto de um juiz, envergonhado e
arrependido (estou certo) deste seu feito irreflectido, e só espero que coisas
como estas não voltem a acontecer em Portugal.
Mas se em Guimarães, a parte da espada que falta à estátua, já está na posse da Câmara que mais dia menos dia a irá recolocar, em Penafiel desapareceram alguns meninos em bronze da rotunda do carneirinho, só que o caso não foi tão badalado.
Há quem diga que emigraram com a crise, agora para onde é que ninguém sabe.
Mas se em Guimarães, a parte da espada que falta à estátua, já está na posse da Câmara que mais dia menos dia a irá recolocar, em Penafiel desapareceram alguns meninos em bronze da rotunda do carneirinho, só que o caso não foi tão badalado.
Há quem diga que emigraram com a crise, agora para onde é que ninguém sabe.
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