01 junho 2013

JACQUES BREL



JACQUES BREL
O BELGA QUE ME FEZ GOSTAR
DA MÚSICA FRANCESA



Jacques Brel nasceu no dia 8 de Abril de 1929 em Schaerbeek, bairro periférico de Bruxelas. 

A seguir à escola primária, onde entrou em 1935, frequentou o Colégio Saint-Louis, a partir de 1941. Aluno pouco brilhante, é neste colégio que Brel começa a mostrar interesse pelas artes. 

Em 1944, aos 15 anos, colabora na criação do grupo de teatro, actua em várias peças, escreve três pequenas histórias e interpreta ao piano alguns improvisos para poemas que ele próprio escreveu.

Em 1946 adere a uma organização de solidariedade Franche Cordée. É aqui, que se inicia a sua formação cultural. Entre as actividades desta organização constava a realização de recitais onde Brel se iniciou nas apresentações públicas, acompanhando-se a si próprio ao violão. É aqui que conhece Thérèse Michielsen ("Miche") com quem se vem a casar em 1950.

No ano de 1953, Brel se apresentou no cabaré La Rose Noire, em Bruxelas. Manda uma gravação à Philips, que chegou às mãos de Jacques Canetti, caçador de talentos que o convida a ir para Paris.

Deixa família e vai para Paris tentar a sua sorte no meio artístico. Numa turnê, conheceu Suzanne Gabriello, com quem veio a juntar-se.

Quando Suzanne lhe comunica que está grávida, ele ameaça-a com o divórcio, não reconhece a paternidade da criança e a obrigou a fazer um aborto. Esta deixa-o e tenta o suicídio. 


Foi então que dilacerado pela culpa, Brel escreveu a célebre canção: “Ne me quitte pas”.

Segundo Brel, esta não é uma canção de amor, é antes a história de um imbecil, de um fracassado e de um cobarde. 

Mergulhado em milhões de cigarros e álcool em abundância, contrai cancro num pulmão, que o vai levar à morte no dia 9 de Outubro de 1978, com apenas 49 anos.

Pessoalmente, não conheço alguém cantante, que ao interpretar alguma canção, tenha uma expressão tão angustiada, mas adaptada a cada verso do poema, como Jacques Brel em “Ne me quitte pas”.

Quem nunca o ouviu, aqui fica Jacques Brel, com esta canção, que é por assim dizer, uma súplica à sua amante para não o deixar ficar.





- Bom domingo!