SPORT CAMPEÃO REGIONAL
O
SPORT CLUB DE PENAFIEL
NO
CAMPEONATO DE PROMOÇÃO
No
tempo do arroz de quinze, em que o futebol era um desporto que se
jogava com amor à camisola do clube e o povo vibrava e aplaudia a
sua equipa, enchendo os campos da bola, ao contrário dos dias de
hoje na nossa terra, o Sport Club de Penafiel sagrava-se campeão
regional, no ano de 1931.
Reparem
bem que a equipa era formada por rapaziada cá do burgo, fazendo
parte: Augusto Silva, Manuel Rodrigues, Gervásio Coelho, Altino
Dias, A. Vieira, A. Pinto (Suplente), António Nunes, José Lopes,
José Maria Guedes, António Reis, Pedro Couto e Bernardino Oliveira
(capitão).
Depois
desta façanha, era preciso ir à cidade do Porto, disputar o
Campeonato da Promoção.
Acontece
que o Sport não tinha verbas para suportar a deslocação à cidade
Invicta, mas o engenho e arte destas gentes de então, resolveu a
questão socorrendo-se do Cine Parque, que projectava cinema ao ar
livre na antiga Praça do Mercado.
Assim,
pela cidade apelava-se em cartazes para todos irem ver o filme “A
Ilha do Amor”, cujo produto dessa sessão destinava-se a custear as
despesas feitas e a fazer com o deslocamento ao Porto da equipa do
Sport em disputa para o Campeonato de Promoção.
Nestes
seis jogos que disputou, o Sport Club de Penafiel, ganhou quatro,
empatou um e perdeu outro, fazendo 19 golos e sofrendo 10.
O
desfecho dos jogos foi o seguinte:
Sport
Club de Penafiel 6 - 0 Club Desportivo de Portugal
Sport
Club de Penafiel 3 – 1 Varzim
Sport
Club de Penafiel 2 – 4 Luso Atlético Club
Sport
Club de Penafiel 2 – 1 Padroense
Sport
Club de Penafiel 4 – 2 Magestic
Sport
Club de Penafiel 2 – 2 Avintes
Ficando
no final a seguinte Classificação:
1.º
– Luso Atlético Club
2.º
– Spor Club de Penafiel
3.º
– Varzim
4.º
– Avintes
5.º
– Club Desportivo de Portugal
6.º
– Padroense
7.º
- Magestic
No
final do mesmo, Bernardino, o guarda redes do Sport foi abordado pelo
Académico Futebol Clube do Porto para ir jogar para o Estádio do
Lima, o qual ainda cheguei a conhecer.
Acontece
que o amor à camisola rubro negra falou mais alto, e no fundo do
coração, não podia deixar o Sport do tio Nogueira.
Este
era um mundo desportivo, onde não entravam toupeiras, nem era
atrapalhado por emails, os jogadores não eram meninos mimados, e os
árbitros nunca usaram apitos dourados.
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