AO DOUTOR REIS
DR.
JOAQUIM DA ROCHA REIS
Quando
era miúdo uma doença que ceifava muita gente era a tuberculose.
Nas
escolas primárias eram distribuídas folhas pelos alunos apontarem
e recolherem donativos no ceio familiar, fazendo-me lembrar este
peditórios (hoje mais bem organizados), para a Liga Portuguesa
Contra o Cancro.
A tuberculose
chamada antigamente de "peste
cinzenta", e
conhecida também em português como tísica
pulmonar ou "doença
do peito" - é
uma das doenças infecciosas que continua a afligir a Humanidade nos
dias actuais.
A tuberculose é
transmitida pelos bacilos expelidos por um indivíduo contaminado
quando tosse, fala, espirra ou cospe.
Em Portugal
esteve quase radicada, mas infelizmente apareceu de novo em força.
Uma pessoa que
se dedicou ao estudo desta doença, foi o Dr. Joaquim da Rocha Reis,
que no ano de 1919, no mês de Abril apresentou a sua tese de
doutoramento na Faculdade de Medicina do Porto, com o título
“TUBERCULOSE PERITONIAL”.
Natural de Duas
Igrejas, viveu na Rua Alfredo Pereira e no Largo d'Ajuda, onde tinha
o seu consultório privado, e foi director clínico no Hospital da
Santa Casa da Misericórdia de Penafiel entre 1953 e 1980.
Na toponímia
penafidelense, tem uma rua com o seu nome, que une o Largo Santo
António dos Capuchos com a Rua Engenheiro Matos.
No livro Caras
e Carêtas de José Júlio & Ernesto de Melo, editado em 1933,
pode-se ler os seguintes versos dedicados ao Dr. Joaquim da Rocha
Reis:
É Rocha,
mas não é nenhum penedo
Pois sabe
muito bem tudo que faz
E pleura,
quisto, rim, espinha, entrar,
Em chegando
às suas mãos dele, é um brinquedo.
Ao volante
do carro, não tem medo,
Ou seja
“prego ao fundo” ou “ marcha atrás”,
Dá
remedinho bom, sempre eficaz,
E vai para o
Hospital de manhã cedo.
Consultas,
são na Rua Alfredo Pereira,
Depois, vai
prá farmácia do Oliveira,
E joga as
damas num estofo antigo.
Senhor de
Parafita, aonde é Rei...
(Quiz lugar
para o S, e não achei,
Como é “pra
inglês ver”, desculpe o amigo...)
Com a seguinte
nota no rodapé:
Dr. Joaquim
da Rocha Reis. Habilíssimo médico do Hospital da Misericórdia e
proprietário de vários terrenos no lugar de Parafita (hoje
Perafita), freguesia de Duas Igrejas, deste concelho.
Para
além de óptimo médico, a quem recorri várias vezes, era um bom
vizinho que ainda hoje lembro com saudade.
Para os que
quiserem consultar a sua tese de doutoramento aqui fica a mesma.
Clicar nas imagens para ampliar.
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