11 outubro 2015

RUI MINGAS



RUY MINGAS



Ruy Alberto Vieira Dias Rodrigues Mingas, nasceu a 12 de Maio de 1939 em Luanda, tendo crescido em ambiente musical, apaixona-se pela música pela mão do seu tio Liceu Vieira Dias (pai da música popular angolana e fundador dos N’Gola Ritmos) e é com este que aprende a tocar guitarra, o seu instrumento de eleição que utiliza tanto para as suas composições bem como para as suas interpretações.

Nos anos 60, a viver em Lisboa na Casa dos Estudantes do Império, Ruy Mingas foi praticante de atletismo, em salto em altura e 110m barreiras, no Benfica.

É apresentado ao grande público como cantor no programa Zip-Zip. Aparece no primeiro disco do programa com a canção "Ixi Ami (Minha Terra)". Gravou vários discos para a editora Zip-Zip.


O impacto da sua música é de tal magnitude que a canção “Monangambé” é eleita como hino da Lua pela Independência de Angola (1961-1975) e Ruy Mingas é igualmente escolhido como o cantor oficial da Casa dos Estudantes do Império.

O Hino Nacional de Angola, Angola Avante, assim como a canção " Meninos de Huambo", celebrizada em Portugal por Paulo de Carvalho, têm letras de Manuel Rui Monteiro e música de Ruy Mingas.

Ruy Mingas, além de ser um cantor angolano, foi ministro angolano do Desporto e embaixador de Angola em Portugal.

A sua discografia é a seguinte:



1970 - Saem dois LPs pela editora Zip-Zip com os títulos:
Angola Canções 



Monangambé e outras canções angolanas


1976 - Temas Angolanos LP Orlador


1995 - Monangambé (CD, Strauss


2006 - Ruy Mingas colocou no mercado, o disco "Memória", gravado em Angola, Brasil e Portugal. Teve os acabamentos em Portugal (Cervante Estúdio), onde se procedeu aos trabalhos de captação, gravação, edição, mistura e masterização. 

Com uma diversidade rítmica, onde o destaque recai para o semba, Ruy Mingas contou com os préstimos de Katila Mingas, Carlos Mingas e André Mingas, nos coros das canções, 17 no total. 

Neste disco, o autor musicou poemas de escritores angolanos, como "Meu Amor" e "Meninos do Huambo", de Manuel Rui Monteiro, "Mokezu" e "Namoro", de Viriato da Cruz, "Adeus à hora da largada" e "A Kitandeira", de Agostinho Neto, "Benguela" e "Pé de Maracuja", de Ernesto Lara Filho. 

Incluiu ainda novas versões das músicas "Muxima" e "Birin Birin", ambas de Carlos "Liceu" Vieira Dias, e "Meninos de Rua", de Filipe Zau. 

O instrumental esteve a cargo, entre outros, de Joãozinho Morgado (gongas), Betinho Feijó (guitarra ritmo), Rui Quaresma e André Mingas (violão), Mias (viola baixo), Fabiano Salek e Naife Simões (percussão). 

Embora não tenha feito da música profissão, Rui Mingas é um marco na música angolana.

Vamos ficar com Birin Birin, um tema cantado em kimbundo dialeto da região de Luanda, Catete, Malanje e as áreas de fronteira no Norte de Angola. 
 
Birin Birin, é uma canção que fala de um homem que tendo sido enganado pela última pessoa que julgava capaz de o fazer, e uma vez que se considera esperto, afirma ter isso acontecido pela última vez, pois de uma pessoa esperta não há repetição de erro.






- Bom domingo!