RUI MINGAS
RUY MINGAS
Ruy Alberto Vieira Dias
Rodrigues Mingas, nasceu a 12 de Maio de 1939 em Luanda, tendo crescido em
ambiente musical, apaixona-se pela música pela mão do seu tio Liceu Vieira Dias
(pai da música popular angolana e fundador dos N’Gola Ritmos) e é com este que
aprende a tocar guitarra, o seu instrumento de eleição que utiliza tanto para as
suas composições bem como para as suas interpretações.
Nos anos 60, a viver em Lisboa na Casa
dos Estudantes do Império, Ruy Mingas foi praticante de atletismo, em salto em altura e 110m
barreiras, no Benfica.
É apresentado ao grande público como cantor no
programa Zip-Zip. Aparece no primeiro disco do programa com a canção "Ixi
Ami (Minha Terra)". Gravou vários discos para a editora Zip-Zip.
O impacto da sua música
é de tal magnitude que a canção “Monangambé” é eleita como hino da Lua pela
Independência de Angola (1961-1975) e Ruy Mingas é igualmente escolhido como o
cantor oficial da Casa dos Estudantes do Império.
O Hino Nacional de Angola, Angola Avante, assim como a
canção " Meninos de Huambo", celebrizada em Portugal por Paulo de
Carvalho, têm letras de Manuel Rui Monteiro e música de Ruy Mingas.
Ruy Mingas, além de ser um cantor angolano, foi
ministro angolano do Desporto e embaixador de Angola em Portugal.
A sua discografia é a seguinte:
1970 - Saem dois LPs pela editora Zip-Zip com os
títulos:
Angola Canções
Monangambé e outras canções angolanas
1976 - Temas Angolanos LP Orlador
1995 - Monangambé (CD, Strauss
2006 - Ruy Mingas
colocou no mercado, o disco "Memória", gravado em Angola, Brasil e
Portugal. Teve os acabamentos em Portugal (Cervante Estúdio), onde se procedeu
aos trabalhos de captação, gravação, edição, mistura e masterização.
Com uma
diversidade rítmica, onde o destaque recai para o semba, Ruy Mingas contou com
os préstimos de Katila Mingas, Carlos Mingas e André Mingas, nos coros das
canções, 17 no total.
Neste disco, o
autor musicou poemas de escritores angolanos, como "Meu Amor" e
"Meninos do Huambo", de Manuel Rui Monteiro, "Mokezu" e
"Namoro", de Viriato da Cruz, "Adeus à hora da largada" e
"A Kitandeira", de Agostinho Neto, "Benguela" e "Pé de
Maracuja", de Ernesto Lara Filho.
Incluiu ainda
novas versões das músicas "Muxima" e "Birin Birin", ambas
de Carlos "Liceu" Vieira Dias, e "Meninos de Rua", de
Filipe Zau.
O instrumental
esteve a cargo, entre outros, de Joãozinho Morgado (gongas), Betinho Feijó
(guitarra ritmo), Rui Quaresma e André Mingas (violão), Mias (viola baixo),
Fabiano Salek e Naife Simões (percussão).
Embora não tenha
feito da música profissão, Rui Mingas é um marco na música angolana.
Vamos ficar com
Birin Birin, um tema cantado em kimbundo dialeto da região de Luanda, Catete,
Malanje e as áreas de fronteira no Norte de Angola.
Birin Birin, é uma
canção que fala de um homem que tendo sido enganado pela última pessoa que
julgava capaz de o fazer, e uma vez que se considera esperto, afirma ter isso
acontecido pela última vez, pois de uma pessoa esperta não há repetição de
erro.
- Bom domingo!
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