FERNANDO LARANJEIRA
FERNANDO LARANJEIRA
Fernando Manuel Neves Laranjeira, nasceu em Oliveira de Frades, a 3 de Fevereiro de 1951.
FERNANDO LARANJEIRA, frequentou a Escola e o Colégio
locais, o Externato Lafonanse, onde criou a sua primeira banda, Os Aliks.
"Os Aliks eram um grupo surrealista.
Pretendíamos imitar uma quadra
de rock n' roll com instrumentos improvisados - era bastante estranho. Foi
nesta altura que compus as minhas primeiras canções, em inglês". O 6º
ano do Liceu foi em Viseu; o 7º no Colégio Tomaz Ribeiro, em Tondela.
"Viseu era na altura uma cidade do interior muito pacata; mas existiam
dois grupos muito bons, Os Tubarões e Os Corsários.
Os primeiros chegaram a publicar
um disco e surgiu mesmo a hipótese de eu escrever algumas canções para
eles; acabou tudo por se gorar por falta de continuidade... Em Tondela
formámos um grupo para a 'Festa da Casa', a festa anual do Colégio.
1971 - Entrou na Faculdade de
Medicina do Porto. "O ambiente do Porto era muito bom, tanto do ponto
de vista pedagógico como ao nível das vivências paralelas. Fiz parte do OUP
- Orfeão Universitário do Porto (tivemos uma digressão pascal pelas Ilhas
que foi inesquecível) e, mais tarde, do TUP - Teatro Universitário do
Porto.
Foi nesta altura que conheci o
Rui Sarmento e o Fernando Rocha; gravei o meu primeiro disco, um EP -
Retalhos de Verdade".
1972 - Grava
o seu primeiro disco com o título Retalhos de Verdade.
Trata-se de um EP que foi
gravado para a etiqueta Roda - Vadeca, e inclui quatro temas: Chico
Triste - Porta Entreaberta - Caminhavam Como Homens - Feira Franca .
Os temas são cantados por
Fernando Laranjeira e a orquestração foi feita pelo Maestro Resende Dias.
Os coros foram executados por um
grupo de gospel e blues - os Genus Vitae.
A captação de som é de Fernando
Rangel. As músicas e os poemas são da autoria do intérprete e a capa,
desdobrável (uma raridade para um EP), incluía os textos.
1973 - Fernando Laranjeira
estava em Lisboa, também em Medicina. "Concorreu ao Festival da RTP em
parceria com o David Ferreira. Não foram escolhidos, mas foram reconhecidos
e começou a escrever alguns contos para o jornal República.
1974 - Foi o contacto com os
cantautores de intervenção.
Quando surgiu o 25 de Abril jé
estava a rodar pelo País.
Fez parte do GAC _ Grupo de
Acção Cultural 'Vozes na Luta'. Colaborou com o Fausto na 'Madrugada dos
Trapeiros'. Fez parte da Era Nova e do Algazarra. "Cantei um pouco por
toda a parte, de norte a sul".
A Revolução de Abril estava no
auge. Fernando Laranjeira dedicava-se agora a compor e interpretar canções
satíricas de crítica social.
A sátira é uma arma terrível - o
riso é uma arma. É um género actualmente pouco cultivado no nosso país, mas
que tem tradições profundas na nossa literatura - desde as Cantigas de
Escárnio e Maldizer populares no tempo de D. Dinis até aos mais recentes
Bocage e Nicolau Tolentino. Nos nossos dias, o género foi abordado pelo
José Afonso (Rio Largo De Profundis e o Primo Convexo, por exemplo), Sérgio
Godinho (O Charlatão, Arranja-me Um Emprego) e José Mário Branco (Casa
Comigo Marta, Meu Santo Antoninho e outras).
1977 - Grava "Marta A
Canção e O Heroísmo Desportivo do Marechal da Cornualha.
Marta A Canção e O Heroísmo Desportivo do
Marechal da Cornualha foi um single editado pela Sasseti - Diapasão em
Abril de 1977 pela cooperativa Lamiré, S.C.A.R.L.
Os dois temas incluídos são da
sua autoria e a orquestração é de Pedro Osório.
A gravação decorreu nos Estúdios
da Valentim de Carvalho, em Paço D'Arcos e nela participaram Fernando Laranjeira (Viola e voz), Guilherme Inês (bateria e
percussões), Zé da Ponte (baixo eléctrico), Carlos Zíngaro (violino)
e Pedro Osório (piano).
Os coros foram feitos por duas
meninas Madalena Leal e Lurdes.
A viola foi emprestada pelo
Fausto a Fernando Laranjeira para
esta gravação.
Numa altura em que a rapaziada
estava com os ouvidos virados para os Blood Sweat and Tears, Led Zeppelin e
Chicago Transit Authority, Bob Dylan, Janis Ian e Melanie Safka e nas
discotecas se ouvia Jane Birkin, com o seu Je T'Aime Moi Non Plus, este
disco passou um pouco ao lado.
Por isso, resolvi trazer ao
blogue O Heroísmo Desportivo do Marechal da Cornualha, que espero que gostem.
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3 Comments:
Fernando Laranjeira, o último habitante da Pensão Avenida, músico, pintor, subvalorizado na terra onde vive.
Que descanse em paz ricos anos 70 com o fernando decoravamos a colmeia e au son da sua viola cantavamos canções proibidas
Descansa em paz!
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