16 agosto 2015

FERNANDO LARANJEIRA



FERNANDO LARANJEIRA


Fernando Manuel Neves Laranjeira, nasceu em Oliveira de Frades, a 3 de Fevereiro de 1951. 

FERNANDO LARANJEIRA, frequentou a Escola e o Colégio locais, o Externato Lafonanse, onde criou a sua primeira banda, Os Aliks. "Os Aliks eram um grupo surrealista.

Pretendíamos imitar uma quadra de rock n' roll com instrumentos improvisados - era bastante estranho. Foi nesta altura que compus as minhas primeiras canções, em inglês". O 6º ano do Liceu foi em Viseu; o 7º no Colégio Tomaz Ribeiro, em Tondela. "Viseu era na altura uma cidade do interior muito pacata; mas existiam dois grupos muito bons, Os Tubarões e Os Corsários.

Os primeiros chegaram a publicar um disco e surgiu mesmo a hipótese de eu escrever algumas canções para eles; acabou tudo por se gorar por falta de continuidade... Em Tondela formámos um grupo para a 'Festa da Casa', a festa anual do Colégio.

1971 - Entrou na Faculdade de Medicina do Porto. "O ambiente do Porto era muito bom, tanto do ponto de vista pedagógico como ao nível das vivências paralelas. Fiz parte do OUP - Orfeão Universitário do Porto (tivemos uma digressão pascal pelas Ilhas que foi inesquecível) e, mais tarde, do TUP - Teatro Universitário do Porto.

Foi nesta altura que conheci o Rui Sarmento e o Fernando Rocha; gravei o meu primeiro disco, um EP - Retalhos de Verdade". 



1972 - Grava o seu primeiro disco com o título Retalhos de Verdade. 

Trata-se de um EP que foi gravado para a etiqueta Roda - Vadeca, e inclui quatro temas: Chico Triste - Porta Entreaberta - Caminhavam Como Homens - Feira Franca .

Os temas são cantados por Fernando Laranjeira e a orquestração foi feita pelo Maestro Resende Dias.

Os coros foram executados por um grupo de gospel e blues - os Genus Vitae.

A captação de som é de Fernando Rangel. As músicas e os poemas são da autoria do intérprete e a capa, desdobrável (uma raridade para um EP), incluía os textos.

1973 - Fernando Laranjeira estava em Lisboa, também em Medicina. "Concorreu ao Festival da RTP em parceria com o David Ferreira. Não foram escolhidos, mas foram reconhecidos e começou a escrever alguns contos para o jornal República.

1974 - Foi o contacto com os cantautores de intervenção.

Quando surgiu o 25 de Abril jé estava a rodar pelo País.


Fez parte do GAC _ Grupo de Acção Cultural 'Vozes na Luta'. Colaborou com o Fausto na 'Madrugada dos Trapeiros'. Fez parte da Era Nova e do Algazarra. "Cantei um pouco por toda a parte, de norte a sul".

A Revolução de Abril estava no auge. Fernando Laranjeira dedicava-se agora a compor e interpretar canções satíricas de crítica social.   

A sátira é uma arma terrível - o riso é uma arma. É um género actualmente pouco cultivado no nosso país, mas que tem tradições profundas na nossa literatura - desde as Cantigas de Escárnio e Maldizer populares no tempo de D. Dinis até aos mais recentes Bocage e Nicolau Tolentino. Nos nossos dias, o género foi abordado pelo José Afonso (Rio Largo De Profundis e o Primo Convexo, por exemplo), Sérgio Godinho (O Charlatão, Arranja-me Um Emprego) e José Mário Branco (Casa Comigo Marta, Meu Santo Antoninho  e outras).


1977 - Grava "Marta A Canção e O Heroísmo Desportivo do Marechal da Cornualha. 

Marta A Canção  e O Heroísmo Desportivo do Marechal da Cornualha foi um single editado pela Sasseti - Diapasão em Abril de 1977 pela cooperativa Lamiré, S.C.A.R.L.

Os dois temas incluídos são da sua autoria e a orquestração é de Pedro Osório.

A gravação decorreu nos Estúdios da Valentim de Carvalho, em Paço D'Arcos e nela participaram Fernando Laranjeira (Viola e voz), Guilherme Inês (bateria e percussões), Zé da Ponte (baixo eléctrico), Carlos Zíngaro (violino) e Pedro Osório (piano).

Os coros foram feitos por duas meninas Madalena Leal e Lurdes.

A viola foi emprestada pelo Fausto a Fernando Laranjeira  para esta gravação.

Numa altura em que a rapaziada estava com os ouvidos virados para os Blood Sweat and Tears, Led Zeppelin e Chicago Transit Authority, Bob Dylan, Janis Ian e Melanie Safka e nas discotecas se ouvia Jane Birkin, com o seu Je T'Aime Moi Non Plus, este disco passou um pouco ao lado.

Por isso, resolvi trazer ao blogue O Heroísmo Desportivo do Marechal da Cornualha, que espero que gostem.







- Bom domingo!








3 Comments:

Blogger truta fario said...

Fernando Laranjeira, o último habitante da Pensão Avenida, músico, pintor, subvalorizado na terra onde vive.

8:05 da tarde  
Blogger Unknown said...

Que descanse em paz ricos anos 70 com o fernando decoravamos a colmeia e au son da sua viola cantavamos canções proibidas

11:25 da manhã  
Blogger Mémé said...

Descansa em paz!

11:27 da manhã  

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