O RELÓGIO DA IGREJA DE DUAS IGREJAS
O
RELÓGIO DA IGREJA DE
DUAS IGREJAS
Tempos
houveram que a vida era tão dura e difícil por estas bandas, que
muitos patrícios resolveram emigrar para o Brasil.
É
que a emigração também tem os seus tempos e destinos. Se nos anos
60 o rumo era a França e Alemanha, muito tempos atrás eram as
Terras de Santa Cruz.
A
muitos a vida sorriu-lhe de tal maneira nestas paragens, que
resolveram fazer algo para bem de todos na sua terra Natal.
É
o caso do casal Sr. Joaquim Pereira Coelho e da sua esposa D.na Maria
da Conceição Pereira Coelho, que resolveram oferecer em 1959 um bom
relógio, para a torre da Igreja de Santo Adrião de Duas Igrejas,
completando assim um pensamento dos autores da sua construção, o
que só foi levado a efeito 86 anos depois visto que a Igreja Matriz
de Duas Igrejas, freguesia de Penafiel, ter sido construída em 1873.
Pelas
festas em Honra de Nossa Senhora do Rosário, que se realizam no 1.º
domingo do mês de Outubro em Duas Igrejas, vulgarmente conhecida
pela festa da sopa seca, e que neste ano de 1959, se realizaram no
dia 4 de Outubro.
O
benemérito casal que nesta residente terra viu pela primeira vez a luz
do dia, nela se baptizou, comungou, casou e viu também nascer os
frutos do seu amor, embora que partisse através do Oceano,, onde
preveniu que o pesado fardo da vida lhe pudesse ser mais suave, a
verdade é que nunca se esqueceram da terra que os viu nascer.
Eram
cerca das 17 horas, do dia 4 de Outubro de 1959, quando um cortejo
com o casal benemérito à frente ladeado das pessoas mais
representativas da terra, seguiu desde o entroncamento da estrada
Penafiel – Abragão até ao adro da Igreja, acompanhado por uma
banda de música, ao mesmo tempo que no ar estoiravam muitos
estrondosos foguetes.
Depois
de inaugurado e benzido o relógio para contentamento de todos, o
casal dirigiu-se para a sacristia onde foram descerradas as
fotografias daqueles beneméritos.
De
seguida dirigiram-se para a residência paroquial, onde se
encontravam grandes mesas bem recheadas de diversas guloseimas.
O
Reverendo Padre António da Rocha Reis, agradeceu a oferta do
relógio, desejando ao benemérito casal muitos anos de vida repletos
de felicidades.
Falou
ainda o sr. Francisco José Moreira Fernandes e o seminarista Manuel Vitorino
da Silva Moreira Fernandes que em nome das crianças de quem é
instrutor, agradecendo ao Sr. Joaquim Pereira Coelho e esposa a
oferta tão valiosa e útil de que esta freguesia de Duas Igrejas
fica dotada.
Teve
também palavras de gratidão para o Sr. António Luís da Rocha,
cunhado do sr. Joaquim Pereira Coelho, que custeou as despesas da
Festa em Honra de Nossa Senhora do Rosário.
Também
é de realçar que a D.na Irene Coelho Marques (filha deste casal
benemérito) e marido, ofereceram 900$00, para serem distribuídos
pelos mais pobres da terra.
E
pronto aqui fica mais um naco de história que relata que a partir do
dia 4 de Outubro de 1959, do cimo da torre da Igreja Mãe de Duas Igrejas
se começaram a ouvir o bater das horas.
1985 a 2007 O padre Manuel
Fernandes foi também coadjutor de Benfica
2007 a 2010 Foi pároco de Cruz Quebrada-Dafundo.
Aquele
jovem seminarista Manuel Vitorino da Silva Moreira Fernandes, que
tomou a palavra em nome das crianças a quem ele ensinava a catequese
agradecendo a dádiva deste relógio, nasceu a 27 de Junho de 1941, em
Duas Igrejas, freguesia de Penafiel, e foi ordenado padre a 26 de Março de 1966
pelo então Cardeal Patriarca, Manuel Cerejeira, em Lisboa.
A sua primeira missa também chamada de Missa Nova celebrada pelo Padre Manuel Vitorino da Silva Moreira Fernandes, na sua terra natal ou seja na Igreja de Duas Igrejas, foi no dia 11 de Abril de 1966, pelas 19 horas, na segunda-feira seguinte ao Domingo de Páscoa, ou seja, no dia da Senhora da Saúde em Bustelo.
Em Duas Igrejas a população fez um lindo tapete com flores, o qual foi percorrido pelo Padre Manuel Vitorino acompanhado pelo Prior da Amadora.
No final da missa houve o tradicional beija mão a centenas de pessoas.
O jovem sacerdote agradeceu comovidamente todos os sacrifícios que para ele foram feitos pela gente da sua terra.
No final seguiram para a Casa da Fonte, onde foi servido um lauto banquete a dezenas de convidados.
A sua primeira missa também chamada de Missa Nova celebrada pelo Padre Manuel Vitorino da Silva Moreira Fernandes, na sua terra natal ou seja na Igreja de Duas Igrejas, foi no dia 11 de Abril de 1966, pelas 19 horas, na segunda-feira seguinte ao Domingo de Páscoa, ou seja, no dia da Senhora da Saúde em Bustelo.
Em Duas Igrejas a população fez um lindo tapete com flores, o qual foi percorrido pelo Padre Manuel Vitorino acompanhado pelo Prior da Amadora.
No final da missa houve o tradicional beija mão a centenas de pessoas.
O jovem sacerdote agradeceu comovidamente todos os sacrifícios que para ele foram feitos pela gente da sua terra.
No final seguiram para a Casa da Fonte, onde foi servido um lauto banquete a dezenas de convidados.
1966 a 1969, o
sacerdote foi coadjutor na paróquia da Amadora.
1969 a 1984,
foi pároco de Vidais e São Gregório de Fanadia, nas Caldas da
Rainha.
2007 a 2010 Foi pároco de Cruz Quebrada-Dafundo.
Desde 13 de Julho de 2010 que era pároco do Beato, em Lisboa.
2016 - Na festa
do seu jubileu sacerdotal, que assinalou os 50 anos do seu
sacerdócio, a missa foi
presidida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, em que
marcaram presença os Bombeiros do Beato e os Bombeiros do Dafundo,
com quem o padre Manuel Fernandes mantinha uma estreita ligação, o
presidente da Junta da Freguesia do Beato sr. Hugo Xambre Pereira, marcou presença, ladeado pelos seus vogais e pelo autarca de Marvila, Belarmino Silva, assim como o
seu amigo pessoal Rão Kyao, que fez ecoar o magnífico som das suas
flautas de bambu pela nave da igreja num concerto intimista.
No dia 20 de
Março de 2018, partiu para os braços do Senhor, Manuel Vitorino da
Silva Moreira Fernandes, pároco do Beato, em Lisboa, com 76 anos de idade.
Encontra-se
sepultado no cemitério do Eiró em Duas Igrejas, sua terra natal.
Embora esta
parte final não fizesse parte da história que nos trouxe aqui, é
nosso dever lembrar todos aqueles que desinteressadamente
contribuíram para o bem de todos, agora e sempre.
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