ERA UMA VEZ UM PAÍS
Só os homens livres,
podem escolher livremente o seu destino.
Ainda há bem pouco
tempo, fomos chamados a eleger os nossos representantes nas autarquias locais
para os próximos quatro anos.
Muitos não compareceram
à chamada, deixando a escolha na mão de outros. São livres de o fazerem, mas
por vezes justificam-se com o discurso de que são todos iguais, que serve às mil maravilhas, para desculpar a
corrupção e a incompetência que para aí reina.
Mas hoje, podemos
criticar sem palavras abafadas, exercer a nossa crítica sem olhares ocultos,
debater ideias, em suma, exercer a nossa cidadania, tudo isto graças às portas
que Abril abriu.
Embora em Penafiel
esteja a decorrer a escritaria, como hoje é dia de música no blogue, vou zarpar
até à cidade de Almada, e falar um pouco do Festival Cantar Abril, que se
realiza de dois em dois anos, no respectivo mês.
Este festival organizado pela Câmara Municipal de Almada, tem por tema a música de intervenção em duas modalidades “Recriação das Canções da Resistência” e “Criação de Canções da Liberdade”.
Se alguém tivesse
dúvidas das características deste festival, bastava ver o nome dos prémios do
mesmo:
Prémio
Adriano Correia de Oliveira – Recriação
2.500 €
Prémio Ary
dos Santos – Poesia
2.500 €
2.500 €
Prémio José
Afonso – Tema Original
2.500 €
Prémio
Carlos Paredes – Prémio Carreira
A atribuir a
uma individualidade ou instituição de relevo na música portuguesa
Ouçam a
cantiga “Era uma vez um país”, que ganhou o Prémio Ary dos Santos deste ano,
interpretada por Miguel Calhaz e de certeza que vão reconhecer muitos figurões
que nela desfilam.
Espero que
reconheçam este país do faz de conta, onde pelos vistos estas personagens infelizmente
para nós são reais.
- Bom
domingo!
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