06 outubro 2013

ERA UMA VEZ UM PAÍS



ERA UMA VEZ UM PAÍS


Só os homens livres, podem escolher livremente o seu destino. 

Ainda há bem pouco tempo, fomos chamados a eleger os nossos representantes nas autarquias locais para os próximos quatro anos.

Muitos não compareceram à chamada, deixando a escolha na mão de outros. São livres de o fazerem, mas por vezes justificam-se com o discurso de que são todos iguais, que serve às mil maravilhas, para desculpar a corrupção e a incompetência que para aí reina. 

Mas hoje, podemos criticar sem palavras abafadas, exercer a nossa crítica sem olhares ocultos, debater ideias, em suma, exercer a nossa cidadania, tudo isto graças às portas que Abril abriu.

Embora em Penafiel esteja a decorrer a escritaria, como hoje é dia de música no blogue, vou zarpar até à cidade de Almada, e falar um pouco do Festival Cantar Abril, que se realiza de dois em dois anos, no respectivo mês.


Este festival organizado pela Câmara Municipal de Almada, tem por tema a música de intervenção em duas modalidades “Recriação das Canções da Resistência” e “Criação de Canções da Liberdade”.
Se alguém tivesse dúvidas das características deste festival, bastava ver o nome dos prémios do mesmo: 

Prémio Adriano Correia de Oliveira – Recriação
2.500 €
Prémio Ary dos Santos – Poesia
2.500 €
Prémio José Afonso – Tema Original
2.500 €
Prémio Carlos Paredes – Prémio Carreira
A atribuir a uma individualidade ou instituição de relevo na música portuguesa

Ouçam a cantiga “Era uma vez um país”, que ganhou o Prémio Ary dos Santos deste ano, interpretada por Miguel Calhaz e de certeza que vão reconhecer muitos figurões que nela desfilam.

Espero que reconheçam este país do faz de conta, onde pelos vistos estas personagens infelizmente para nós são reais.



- Bom domingo!