ANÚNCIOS COM VERSOS
ANÚNCIOS
COM VERSOS
Todos sabemos que hoje
em dia, mais do que ter um bom produto, é necessário uma boa publicidade do
mesmo, para atingir um certo nível de vendas.
E se estamos num
mercado global, cada vez, as grandes marcas, deitam mão de meios difusores dos
seus produtos à escala mundial.
Mas nem sempre foi assim, e muito antes do
aparecimento dos reclames a néon, ou do anúncio na rádio, existiam os jornais.
Aí, algumas casas,
deitavam mão de poesia para apregoarem os seus produtos e angariarem assim mais
clientes.
Hoje vou escrever sobre
dois estabelecimentos penafidelenses, um que já encerrou portas e outro que
mudou de dono, e continua de portas abertas mais ou menos com o mesmo ramo.
São eles a “Casa das
Tortas” de António Coelho, mais conhecida à época pelo Coelho das Tortas, e a relojoaria
Feijó, hoje ourivesaria Elzo Gomes, na Praça Municipal, N.º 31 - 33 em
Penafiel.
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A mais antiga de
Penafiel
O seu proprietário leva
ao conhecimento do público que vai abrir um concurso de Prestações com Bónus de
relógios de parede, mesa, pulso e bolso.
Nesta relojoaria
encontra-se um completo sortido de relógios das melhores marcas a preços
módicos.
Também se consertam com
rapidez e perfeição, todos os relógios e esses consertos são garantidos.
Esta casa prima pela
seriedade e não admite confronto.
ÀS
SENHORAS E CAVALHEIROS
Vocelência
quer ser chique.
Atraente,
insinuante?
Corra
já, muito depressa
Sem
demora, num instante.
À
Praça Municipal,
Mesmo
ao pé do Café Lima, (a)
E
compre, sem hesitar,
Um
relógio marca Cyma.
Se
não lhe interessa a marca
E
quer outra bizarria,
É
só mirar e entrar
Na
Feijó Relojoaria.
E
fazendo de bom gosto,
De
gosto fino, um primor,
Com
nota de garantido,
O
que se chama um amor
Relógios
de engenho e arte,
Do
melhor material
Trabalho
com garantia,
É
como digo, tal qual.
E
se também Vocelência,
Um
relógio pretender,
De
parede ou de algibeira,
Há
de tudo pra vender.
Quer
acordar manhã cedo,
Antes
do galo cantar,
Com
estrelas no céu
Pra
sair ou embarcar?
Quer
um bom despertador,
De
confiança seguro,
Que
acorde e não faça a parte,
Ao
ouvido rijo e duro.
Venha
cá quando quiser,
Sem
receio, mesmo só,
Quem
o atende sou eu,
O
amigo certo Feijó.
(a)
– Quando se fala do Café Lima, refere-se
ao Café Bar, que nesta época era seu proprietário o sr. Marques Lima e
funcionava em todo o rés-do-chão do prédio desde o Nº 37 ao 43 na Praça
Municipal.
A rima, por vezes nem
sempre é a melhor, mas a intenção do poeta neste caso é o que conta.
Apregoar o
estabelecimento aos seus ou futuros fregueses.
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