MUDA DE VIDA
MUDA DE VIDA
Pela primeira vez, na
pele de eleitor, vou ser confrontado com uma situação que eu pensava que nunca se
me ia colocar, à minha pessoa e a muitos eleitores que me lêem.
Sou chamado a eleger
membros para uma freguesia, que de régua e esquadro na calada de um gabinete,
os charlatães da democrácia resolveram aumentar o seu território, incorporando
nela outras freguesias, sem consultarem os fregueses das mesmas, e ainda têm a
distinta lata de dizerem que respeitam a identidade de cada freguesia.
Isto para não falar dos
presidentes salta-pocinhas, que pulam de uma autarquia para outra para não
perderem o tacho, ou de presidente daqui, para presidente dacolá, para
manipularem melhor a marioneta candidata.
Perante isto, como devo direccionar o meu sentido de voto?
1.º - Não votar.
Ao votar, não estarei
eu a aceitar esta situação de reunificação das freguesias, enterrando toda a
sua história, e traindo a vontade dessas gentes que não foram ouvidas nem
achadas sobre esta junção.
2.º - Abstenção
Se não votar, não estou
a castigar os charlatães da democrácia, que lambem as botas da troyka, traindo
se preciso for, o povo que os elegeu para trabalharem em prol da freguesia, e
não acabarem com ela.
3.º - Voto em branco
Neste caso, tenho que
concluir, que são todos iguais (o que não é verdade), pois devo distinguir,
aqueles que sempre se opuseram a esta unificação, e à mudança do nome da
própria freguesia.
4.º Votar
- Devo ou não votar?
Eis a questão.
Então se ninguém
apresenta um programa eleitoral. Se ninguém se compromete com o eleitorado,
chego à triste conclusão, que todos querem o poder pelo poder e nada mais.
Então pergunta o amigo
leitor, em quem se deve votar?
Bem sei que para muitos
o partido é como um clube da bola, é o nosso e pronto.
Pela minha parte, desta
vez, não vou votar com o coração, mas onde a cabeça me indicar que devo votar,
para derrubar os charlatães da democrácia e mudar de vida.
-
Bom domingo!
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