AURELIANO DE CAMPOS
O Sacristão da Matriz
(A Nossa Gente)
Há pessoas que têm o condão de nos acompanhar nos bons e maus momentos marcantes da nossa vida. É o caso do nosso amigo Aureliano de Campos, sacristão na Igreja Matriz de Penafiel durante 51 anos.
Ele, o Aureliano, esteve presente no nosso baptismo, na nossa comunhão, na Visita Pascal aos nossos lares integrado no compasso, para alguns até no seu casamento, assim como nos funerais dos nossos entes queridos e amigos, por isso faz parte da nossa vivência.
Nascido a 6 de Março de 1928, desde muito novo começou a subir a escadaria da Igreja Matriz, na companhia de seu pai Firmino de Campos, com quem aprendeu o ofício de sacristão, até este lhe passar o testemunho.
Nesta vida dedicada à Igreja Matriz de Penafiel, colaborou com os padres Alcino, Albano e Artur com os quais cimentou grande amizade, deixando de exercer a sua profissão quando colaborava com Monsenhor Gabriel.
Grande parte da sua carreira profissional é passada com o padre Albano Ferreira da Silva, que lhe vai promover uma festa para assinalar o seu 40º aniversário de serviço prestado à comunidade como sacristão.
Aí, Aureliano de Campos, consegue algo impensável para muito boa gente engravatada cá da urbe, pois este simples homem consegue juntar nessa festa pessoas de todas as classes sociais, assim como gente da direita à esquerda politicamente falando.
No dia 14 de Janeiro de 2007, perdeu a luta que vinha travando ultimamente com a doença. A notícia percorreu a cidade de lés-a-lés.
Muitos foram os que te acompanharam à última morada, e muitos outros gostariam de estar presente mas os deveres profissionais não o permitiram.
O padre Cunha debitou palavras sentidas de reconhecimento por tudo que viveu e aprendeu contigo, da tua competência e amizade, e nós que te conhecemos e as ouvimos, sabemos que não te estava a elogiar mas sim a dizer a verdade.
O Aureliano de Campos, que para nós será sempre conhecido como o Sacristão da Matriz, à sua família, uma coisa lhes quero dizer:
Para os penafidelenses, o Aureliano, saiu desta vida para os braços do Senhor, pela porta grande da amizade. E se dúvidas houvessem, na missa do 7º dia ficaram desfeitas, pois apesar da noite fria que se fazia sentir, a igreja Matriz estava apinhada de gente, coisa rara nos tempos que correm.
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