OS CTT NAS TERMAS DE S. VICENTE
OS CTT NAS
TERMAS DE S. VICENTE
Nos anos 60
do século XX, Penafiel acompanhava o desenvolvimento do país, quer
a nível do ensino como na construção de infraestruturas.
Nas Termas
de S. Vicente, o Sr. Joaquim Ferreira, concessionário do Grande
Hotel, mandou construir o prédio que vemos na foto, para o arrendar
aos CTTs.
Assim no dia
26 de Julho de 1963, pelas 16 horas realizou-se nas Termas de S.
Vicente a solene inauguração do novo edifício dos CTT.
Ao acto
presidiu o Sr. Eng.º Costa Cabral em nome do Sr. Correio-Mor, tendo
sido recebido à entrada do edifício pelo Presidente da Câmara de
Penafiel, Sr. Coronel Cipriano Alfredo Fontes, que representava
também o Sr. Governador Civil, pelo Comandante do Quartel de
Penafiel, pároco das Termas de S. Vicente, Padre Alberto Ferreira
da Silva, que representava o Rev.º Vigário da Vara, Padre António
Lopes Coelho, Pároco de S. Miguel de Paredes, autoridades locais, e
pessoas da mais elevada representação e muito povo.
Um grupo de
meninas trajadas à lavradeira, atiravam pétalas de flores à
passagem de todos os convidados.
Após a
inauguração do edifício, que foi benzido pelo padre de S. Vicente,
após o que o Eng,º Costa Cabral, tomando a palavra fez realçar o
incremento que os CTTs têm dado ao apetrechamento das suas estações,
incremento esse requerido pelo número espantoso de pedidos de
instalação de telefones e pelo aumento constante das populações.
Seguidamente
prometeu interessar-se pela rápida montagem de uma cabine telefónica
pública na zona termal, assim como a automatização telefónica
brevemente e o reajustamento da, distribuição domiciliária da
correspondência a diversos lugares da freguesia.
Seguiu-se no
uso da palavra o Sr. Coronel Cipriano Alfredo Fontes, Presidente da
Câmara de Penafiel, que agradeceu mais este benefício para o
concelho, pedindo outros semelhantes para Rio de Moinhos e Abragão,
que o Sr. Eng.º Costa Cabral respondeu que serão concedidos desde
que a Câmara ajude e as populações por isso se interessem.
No final
todos os presentes puderam visitar as magníficas instalações do
edifício, de linhas modernas e confortáveis.
Nestes
tempos o desenvolvimento de uma terra, fazia-se acrescentando algo,
mas nos dias de hoje o dito progresso é realizado deitando abaixo o
que já existe e construindo sobre os seus escombros, só para
justificar os dinheiros gastos vindos da U.E.
Destruir
património municipal como foi o caso do lago do Parque Zeferino de
Oliveira, para colocarem mais pedra no jardim, estou certo que os
confrades da Confraria da Nossa Senhora da Piedade e Santos Passos
que entregaram o jardim do Sameiro à Câmara se vissem no que deu, e
pudessem voltar ao mundo dos vivos, duvido que o tivessem feito.
Foto de Fernando Beça Moreira |
A estes
pregadores deste dito “progresso”, assenta que nem uma luva
aquele provérbio popular que diz o seguinte; “Quem não sabe o que
fazer, deita abaixo e torna a erguer”.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home