21 setembro 2016

OS CTT NAS TERMAS DE S. VICENTE

OS CTT NAS TERMAS DE S. VICENTE



Nos anos 60 do século XX, Penafiel acompanhava o desenvolvimento do país, quer a nível do ensino como na construção de infraestruturas.

Nas Termas de S. Vicente, o Sr. Joaquim Ferreira, concessionário do Grande Hotel, mandou construir o prédio que vemos na foto, para o arrendar aos CTTs.

Assim no dia 26 de Julho de 1963, pelas 16 horas realizou-se nas Termas de S. Vicente a solene inauguração do novo edifício dos CTT.

Ao acto presidiu o Sr. Eng.º Costa Cabral em nome do Sr. Correio-Mor, tendo sido recebido à entrada do edifício pelo Presidente da Câmara de Penafiel, Sr. Coronel Cipriano Alfredo Fontes, que representava também o Sr. Governador Civil, pelo Comandante do Quartel de Penafiel, pároco das Termas de S. Vicente, Padre Alberto Ferreira da Silva, que representava o Rev.º Vigário da Vara, Padre António Lopes Coelho, Pároco de S. Miguel de Paredes, autoridades locais, e pessoas da mais elevada representação e muito povo.

Um grupo de meninas trajadas à lavradeira, atiravam pétalas de flores à passagem de todos os convidados.

Após a inauguração do edifício, que foi benzido pelo padre de S. Vicente, após o que o Eng,º Costa Cabral, tomando a palavra fez realçar o incremento que os CTTs têm dado ao apetrechamento das suas estações, incremento esse requerido pelo número espantoso de pedidos de instalação de telefones e pelo aumento constante das populações.



Seguidamente prometeu interessar-se pela rápida montagem de uma cabine telefónica pública na zona termal, assim como a automatização telefónica brevemente e o reajustamento da, distribuição domiciliária da correspondência a diversos lugares da freguesia.

Seguiu-se no uso da palavra o Sr. Coronel Cipriano Alfredo Fontes, Presidente da Câmara de Penafiel, que agradeceu mais este benefício para o concelho, pedindo outros semelhantes para Rio de Moinhos e Abragão, que o Sr. Eng.º Costa Cabral respondeu que serão concedidos desde que a Câmara ajude e as populações por isso se interessem.

No final todos os presentes puderam visitar as magníficas instalações do edifício, de linhas modernas e confortáveis.

Nestes tempos o desenvolvimento de uma terra, fazia-se acrescentando algo, mas nos dias de hoje o dito progresso é realizado deitando abaixo o que já existe e construindo sobre os seus escombros, só para justificar os dinheiros gastos vindos da U.E.



Destruir património municipal como foi o caso do lago do Parque Zeferino de Oliveira, para colocarem mais pedra no jardim, estou certo que os confrades da Confraria da Nossa Senhora da Piedade e Santos Passos que entregaram o jardim do Sameiro à Câmara se vissem no que deu, e pudessem voltar ao mundo dos vivos, duvido que o tivessem feito.

Foto de Fernando Beça Moreira


A estes pregadores deste dito “progresso”, assenta que nem uma luva aquele provérbio popular que diz o seguinte; “Quem não sabe o que fazer, deita abaixo e torna a erguer”.