BRASÕES DE ARRIFANA E PENAFIEL
BRASÕES
DE ARRIFANA E PENAFIEL
O brasão de armas com
que Penafiel ou Arrifana enalteceram o seu estandarte, municipal é um
verdadeiro enigma heráldico.
Há quem diga que o
primeiro brasão, foi-lhe dado por Fayão Soares e era formado por um escudo
coroado e dentro dele uma águia negra também coroada, entre duas espadas nuas
com pontas para cima. Segundo o Livro de Vilhena Barbosa, Cidade e Villas da
Monarchia.
Na cidade de Penafiel, podemos observar este brasão numa das faces do obelisco do monumento ao Abílio Miranda, e no chão desenhado em pedrinhas brancas e pretas na Praça Municipal. (Ver fotos a seguir).
Depois do século XVII,
a águia dentro do escudo é substituída pela cruz, passando a águia para fora do
escudo à moda de timbre.
Porém, Rodrigo Mendes
da Silva, na sua obra Poblacion General
de Espana , sus trofeos, blasones,etc., Madrid 1645, as armas de Arrifana de
Sousa, consistem em um escudo com uma cruz da ordem de Christo, entre as duas
espadas, e têem por timbre uma águia coroada.
Quando Arrifana foi
elevada a vila, deu-se-lhe brasão, com as espadas do escudo do antigo concelho
e a cruz alusiva à sua qualidade de terra da Ordem.
Uma terceira opinião
aparece como sendo, o desaparecimento da águia, mantendo a cruz de Christo em
campo branco, sendo o escudo orlado pela parte superior com uma fita onde se
lê: CIVITAS FIDELIS, tendo de um lado uma palma e do outro um ramo de oliveira,
não se sabendo o significado destes símbolos e da legenda.
Este brasão foi
adoptado, quando Penafiel foi elevada a cidade, por conselho do cidadão
Zeferino Pereira do Lago, o brasão adotou a cruz de cristo acompanhada das
espadas juntando-lhe uma ornamentação exterior baseada apenas na arte e bom
gosto do artista que a desenhou, tendo no topo superior do escudo os dizeres
Civitas Fidelis, mas suprimindo-lhe a tradicional águia.
Parte dos terrenos,
senão todos que faziam parte de Arrifana, eram comenda de Christo, daí o
aparecimento da cruz no brasão e nalguns marcos espalhados pelo concelho.
Se já sabemos qual a
razão do aparecimento da cruz no brasão, a águia deve-se ao facto desta ave ter
uma certa importância nesse tempo, nesta zona.
Sobre o
actual brasão da cidade de Penafiel, lê-se através da Portaria n.º 388/84, publicada
em Diário da República de Segunda-feira 18 de Junho de 1984, 140/84 SÉRIE I (páginas
1887 a 1888), o seguinte:
Atendendo à solicitação formulada pela Câmara
Municipal de Penafiel, distrito do Porto, e ao parecer favorável da Secção de
Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses:
Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro
da Administração Interna, que a constituição heráldica das armas,
bandeira e selo do referido município seja aprovada, de harmonia com o disposto
no artigo 14.º do Código Administrativo, nos seguintes termos:
Armas: de azul, águia estendida de ouro, bicada e
armada de negro, carregada no peito de 1 cruz de Cristo e acompanhada de 2
espadas de prata.
Coroa mural de 5 torres de prata.
Listel branco, com as letras a negro «PENAFIEL».
Bandeira: gironada de branco e vermelho. Cordão e
borlas de prata e vermelho. Haste e lança de ouro.
Selo: circular, tendo ao centro as peças das armas,
sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os
dizeres «Câmara Municipal de Penafiel».
Ministério da Administração Interna.
Assinada em 29 de Maio de 1984.
O Ministro da Administração Interna
Eduardo Ribeiro Pereira.
Brasão da cidade de Penafiel em pedra, no prédio da antiga cadeia.
No monumento do Abílio Miranda em frente ao quartel dos Bombeiros V. de Penafiel |
Infelizmente, nem sempre são usados com respeito e
dignidade que eles merecem.
- Quem já não viu a Bandeira Nacional a servir de
xaile às costas de certos meliantes?
- Quem não viu a Bandeira das Quinas a servir de
toalha em mesas de certos comícios?
- Quem não viu a Bandeira Nacional a ser içada de
pernas para o ar, por gente que ocupa altos cargos?
Sou do tempo, em que durante as cerimónias do içar e do
arrear da Bandeira Nacional no quartel de Penafiel, as pessoas que se encontravam
no jardim público, permaneciam em sentido, enquanto decorriam tais actos.
Mas isso são contas de outro rosário.
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