21 abril 2013

ABRIL TAMBÉM FOI CANTO



ABRIL TAMBÉM FOI CANTO

Chegada de José Mário Branco do exílio

Abril também foi canto. Vozes livres saíram à rua, misturando-se com a multidão. 

Os cantos do nosso descontentamento, juntavam-se ao clamor de uma enorme ode colectiva à alegria, de finalmente podermos construir o homem novo, na cidade nova, no país de Abril.

E o cantor viu na voz do povo, as vozes resistentes de José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, Fausto entre muitos outros, sem censura prévia ou proibições pidescas. 

Outros regressaram ao país como José Mário Branco, Luís Cília, Sérgio Godinho, Francisco Fanhais, etc.

E porque Abril se fez canto, novos nomes surgiram na divulgação do nosso património musical, como Vitorino, Brigada Victor Jara, Janita Salomé, Afonso Dias, etc.

No teatro também sopravam ventos de Abril. 

Assim, no Teatro Estúdio em Lisboa, na peça Lisboa 72/74, da autora e encenadora Luzia Maria Martins, Ermelinda Duarte cantava a canção “Somos Livres”, com arranjos de José Cid.

Capa do disco
Esta foi a canção mais badalada e cantarolada a seguir ao derrube da ditadura. Ela simboliza a liberdade conquistada, tendo sido, pelo seu simbolismo, um dos temas mais populares.

Ontem como hoje, quer se goste quer não, a cantiga continua a ser uma arma.

Com os troikyanos que tomaram o nosso país, e nos desgraçam as nossas vidas todos os dias, cada vez se torna mais urgente uma mudança de rumo.

E como estamos em Abril, vamos despertar as consciências, para não sermos um povo de escravos dentro do seu próprio país, e dizer de novo bem alto: 

- “Somos Livres”.


- Bom domingo!