CÁ COM OS MEUS BOTÕES
CÁ COM OS
MEUS BOTÕES
Está
a chegar ao fim, mais um ciclo de procissões que percorrem todos os
anos as ruas da cidade de Penafiel.
A
que mais admiro, embora este ano a mesma não se tenha realizado, é
a de S. Roque.
Vir
de lá da capela, subir a Rua do Carmo, Sacramento, Bom Retiro, subir
até à igreja das Freiras e ir até ao Largo da Ajuda, para depois
começar a descer pela Rua do Paço, Direita, do Carmo e recolher de
novo na capela, é uma estirada longa e geralmente realizada debaixo
do calor do mês de Agosto, ainda por cima, com aqueles andores aos
ombros dos homens, que os carregam com uma fé enorme.
1916 - Procissão de S. Roque subindo a Rua do Carmo |
Este
ano houve apenas cerimónias religiosas, o que para muitos festa sem
procissão, é sinónimo de festa menor.
Se
a procissão de Santa Luzia, encerra o ciclo das procissões
religiosas na cidade de Penafiel, de há algum tempo a esta parte,
apareceu uma outra com muitos “anjinhos”, que se realiza no lugar
de Puços no dia de S. Martinho. Claro que esta é de outro teor que
não o religioso, embora nas de teor religioso já se possa ver
melões, presuntos e cebolas.
Evidentemente
que nem tudo lembra aos organizadores destas cerimónias, ou a quem
está a presidir a certas confrarias, que geralmente andam atarefados
com peditórios e a organização das mesmas para que tudo corra pelo
melhor no dia.
Creio
que não vou chocar ninguém, pelo menos não é essa a minha
intenção, ao sugerir que o adro da capela de S. Roque cercado por
aquelas grades, e onde repousam os restos mortais de Frei António da
Ressurreição, naquele sarcófago de pedra que por causa do trabalho
realizado por este Frei na altura da peste, é considerado Monumento
Nacional, se devia chamar Adro Frei António da Ressurreição.
Talvez
esse simples gesto de colocarem uma placa com o referido nome,
despertasse a curiosidade de quem por lá passa, saber quem é tal
personagem e o que ele fez, e nos merece o maior respeito e
consideração de todos os penafidelenses em particular e as pessoas
de bem em geral, e marcaria um ponto alto na Festa em Honra de S.
Roque de qualquer ano, mesmo sem a dita procissão.
É
uma história que já abordei neste blogue (segue link no final), mas
estou convencido que a maior parte das pessoas que por lá passam não
conhecem, mesmo os devotos de S. Roque.
Para
mim, propagar este exemplo deste nosso conterrâneo Frei António da
Ressurreição, que foi um santo que nos caiu do céu naquelas horas
de aflição dos penafidelenses infectados com a peste, é ensinar
às novas gerações, que naquele lugar há mais coisas a saber para
além da capela de S. Roque.
Mas
isso sou eu cá com os meus botões.
http://penafielterranossa.blogspot.pt/search?q=Roque
2 Comments:
SUBSCREVO INTEIRAMENTE O TEXTO QUE ACOMPANHA AS IMAGENS POSTADAS, AO MEU AMIGO OLIVEIRA O REGISTO DO MEU TOTAL ACORDO PELO ESCRITO NO TEXTO QUE ACOMPANHA AS IMAGENS. PARABÉNS
Faço votos que as Pescarias e Gastronomias corram pelo melhor.
Um abraço
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