28 setembro 2016

CÁ COM OS MEUS BOTÕES

CÁ COM OS MEUS BOTÕES



Está a chegar ao fim, mais um ciclo de procissões que percorrem todos os anos as ruas da cidade de Penafiel.

A que mais admiro, embora este ano a mesma não se tenha realizado, é a de S. Roque.

Vir de lá da capela, subir a Rua do Carmo, Sacramento, Bom Retiro, subir até à igreja das Freiras e ir até ao Largo da Ajuda, para depois começar a descer pela Rua do Paço, Direita, do Carmo e recolher de novo na capela, é uma estirada longa e geralmente realizada debaixo do calor do mês de Agosto, ainda por cima, com aqueles andores aos ombros dos homens, que os carregam com uma fé enorme.

1916 - Procissão de S. Roque subindo a Rua do Carmo


Este ano houve apenas cerimónias religiosas, o que para muitos festa sem procissão, é sinónimo de festa menor.

Se a procissão de Santa Luzia, encerra o ciclo das procissões religiosas na cidade de Penafiel, de há algum tempo a esta parte, apareceu uma outra com muitos “anjinhos”, que se realiza no lugar de Puços no dia de S. Martinho. Claro que esta é de outro teor que não o religioso, embora nas de teor religioso já se possa ver melões, presuntos e cebolas.

Evidentemente que nem tudo lembra aos organizadores destas cerimónias, ou a quem está a presidir a certas confrarias, que geralmente andam atarefados com peditórios e a organização das mesmas para que tudo corra pelo melhor no dia.



Creio que não vou chocar ninguém, pelo menos não é essa a minha intenção, ao sugerir que o adro da capela de S. Roque cercado por aquelas grades, e onde repousam os restos mortais de Frei António da Ressurreição, naquele sarcófago de pedra que por causa do trabalho realizado por este Frei na altura da peste, é considerado Monumento Nacional, se devia chamar Adro Frei António da Ressurreição.



Talvez esse simples gesto de colocarem uma placa com o referido nome, despertasse a curiosidade de quem por lá passa, saber quem é tal personagem e o que ele fez, e nos merece o maior respeito e consideração de todos os penafidelenses em particular e as pessoas de bem em geral, e marcaria um ponto alto na Festa em Honra de S. Roque de qualquer ano, mesmo sem a dita procissão.

É uma história que já abordei neste blogue (segue link no final), mas estou convencido que a maior parte das pessoas que por lá passam não conhecem, mesmo os devotos de S. Roque.


Para mim, propagar este exemplo deste nosso conterrâneo Frei António da Ressurreição, que foi um santo que nos caiu do céu naquelas horas de aflição dos penafidelenses infectados com a peste, é ensinar às novas gerações, que naquele lugar há mais coisas a saber para além da capela de S. Roque.

Mas isso sou eu cá com os meus botões.

http://penafielterranossa.blogspot.pt/search?q=Roque
 

2 Comments:

Blogger PESCARIAS E GASTRONOMIAS said...

SUBSCREVO INTEIRAMENTE O TEXTO QUE ACOMPANHA AS IMAGENS POSTADAS, AO MEU AMIGO OLIVEIRA O REGISTO DO MEU TOTAL ACORDO PELO ESCRITO NO TEXTO QUE ACOMPANHA AS IMAGENS. PARABÉNS

10:41 da manhã  
Blogger Fernando Oliveira said...

Faço votos que as Pescarias e Gastronomias corram pelo melhor.

Um abraço

7:38 da manhã  

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