JANITA SALOMÉ
JANITA
SALOMÉ
Janita Salomé, é o nome artístico de João Eduardo
Salomé Vieira, nascido na vila do Redondo em 17 de Maio de 1947. O pai era
ourives e um cantor excelente que sempre estimulou os filhos para a música.
Janita como veio a ficar conhecido, começou a cantar
com 9 anos, tendo depois dos 16 anos integrado alguns grupos de baile,
constituídos pelos tios maternos e os irmãos mais velhos. Mas, foi aos 18 anos,
que saiu do Alentejo, rumo a Lisboa para trabalhar como funcionário judicial.
Com o Grupo de Cantadores de Redondo grava, em 1978, o
disco "O Cante da Terra".
1980 - Torna-se músico profissional quando passa a
acompanhar Zeca Afonso ao vivo. Neste ano foi editado o seu primeiro álbum a
solo, "Melro", com canções alentejanas e fados de Coimbra.
1981 - Faz uma estada em França, durante a qual descobre
a música da África árabe.
1983 - Edita o álbum "A Cantar Ao Sol", com
produção de João Gil e recebe o "Se7e de Ouro" e os Prémios de
Revelação das revistas "Música & Som" e "Nova Gente".
1985 - Sai o disco "Lavrar Em Teu Peito", produzido novamente por João Gil, altura em que Janita participou no álbum "Galinhas do Mato" de José Afonso.
1987 - Seguiu-se "Olho de Fogo" editado pela
Transmédia. A produção deste disco foi de José Mário Branco.
1990 - Formou o projecto Lua Extravagante com os seus irmãos Vitorino e Carlos Salomé e com a cantora Filipa Pais. O disco homónimo foi editado em 1991.
1991 - É editado o álbum "A Cantar à
Lua", que implicou uma recolha de fados de Coimbra dos anos 20 e 30, tendo
nele participado António Brojo e António Portugal.
1994 - Janita Salomé regressa aos discos com o álbum "Raiano" produzido por Fernando Júdice.
1995 - Recebe o Prémio Blitz para melhor voz
masculina nacional.
Janita que cumpriu o serviço militar
obrigatório em Moçambique, foi um dos participantes no disco
"Canções proibidas: o Cancioneiro do Niassa", com as canções de campo
da guerra colonial, onde pontificaram também outros interpretes como Rui
Veloso, Paulo de Carvalho.
2000 - foi editado o disco do projecto Vozes do Sul,
dirigido por Janita Salomé, com a intenção de celebrar o cante alentejano.
No disco participaram: Os Ceifeiros de Pias, As
Camponesas de Castro Verde, Grupo da Casa do Povo de Serpa, Cantadores do
Redondo, Filipa Pais, Bárbara Lagido e Catarina, Marta, Patrícia, Janita e
Vitorino por parte da família Salomé.
O disco "Vozes do Sul foi distinguido com o
Prémio José Afonso.
2003 - Grava o disco "Tão Pouco e Tanto",
com cinco temas inéditos e seis regravações. Nele participaram José
Peixoto, Mário Delgado, Pedro Jóia e Dulce Pontes, no tema "Senhora do Almortão".
Peixoto, Mário Delgado, Pedro Jóia e Dulce Pontes, no tema "Senhora do Almortão".
2004 - Comemorando 30 anos da Revolução dos Cravos,
surge "Utopia", onde em homenagem a Zeca Afonso, interpretaram
canções do mesmo.
2007
- Edita o disco "Vinho dos Amantes" é um semi disco conceptual
porque procura poemas relacionados com o vinho que ao mesmo tempo celebrem a
vida e não recorram ao estafado «dar de beber à dor». E assim, surgem textos de
Camilo Pessanha, Hélia Correia, Charles Baudelaire e António Aleixo, entre
outros.
O sentido de humor está omnipresente e os palavras
casam com a música como se se unissem num só universo de composição.
Musicalmente, «Vinho dos Amantes» é fruto do
experimentalismo embora lógico numa carreira errante como tem sido esta de Janita
Salomé. Dos blues à música tradicional, há uma série de espaços
visitados como se ambos pertencessem a uma mesma família alentejana.
2012 - Os irmãos Vitorino e Janita Salomé têm
um novo disco. Chama-se "Moda Impura" e mistura sons tradicionais
alentejanos com letras de António Lobo Antunes.
Janita
Salomé é um cantor compositor que passou pelo fado de Coimbra, musica popular e
de intervenção, dono de uma voz inconfundível. Ouçam a canção "Não é fácil
o amor" do disco Cantar ao Sol, e digam lá se não é verdade.
- Bom
domingo!
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