SÓ PARA INGLÊS VER
SÓ
PARA INGLÊS VER
Estamos
mergulhados numa pandemia importada via China para todo o mundo.
O
governo chinês cedo se apercebeu da amplitude da mesma e conseguiu
contê-la com o menor estrago possível.
Quando
a mesma se instalou no nosso país, foi tratada como uma simples
constipação, que apenas bastava lavar as mãos que a gripe passava.
As
coisas foram-se agravando a tal ponto, que agora estamos em
quarentena prolongada, embora alguns portugas (inocentes), mal vêm
um dia de sol, resolvem logo ir passear para a marginal voltada ao
mar.
A
Europa com as calças na mão, não consegue produzir o necessário
para se proteger do Coronavírus que agora virou COVID-19 e quem
aproveita para vender toneladas de material é a China.
O
governo central lá vai dando subsídios para ver se ampara o emprego
da malta, enquanto o poder local tenta socorrer os mais frágeis da
sociedade.
Mas
para além disso é necessário fazer uma desinfestação dos locais
públicos. Há dias encontrei um homem de mangueira na mão a
desinfectar um largo na cidade. Este verdadeiro D. Quixote combatia o
inimigo invisível, sem descanso tentando-o matar por afogamento,
tendo direito a selfies.
O
pior foi que o cansaço se apoderou dele e viu que a rectaguarda o
tinha abandonado, e claro sem uma rectaguarda forte que não tenha
capacidade de substituir o combatente esgotado, e não abasteça a
frente da batalha com o material necessário para combater, a luta
está desde o princípio fracassada.
Assim
sem glória, o único combatente sumiu, e o COVID – 19 aniquilou
esta frente de combate.
Quando
vem alguém de gravata à cidade manda-se lavar as ruas por onde ele
vai passa todo sorridente, e agora não será possível arranjar um
ou mais carros que venham pulverizar as ruas com desinfectante?
- Talvez
sim! - Talvez não!
Bem
sei que a resposta não depende de mim, mas por favor não abuse do
único combatente para fazer de conta que a desinfestação está em
andamento.
É
que o COVID-19 não se comove com estas situações de “só para
inglês ver”.
A
coisa cada vez está mais preta, e os únicos que nos ajudam são os
cubanos. Sim, esses mesmo a quem chamamos comunistas, que votamos a
favor do bloqueio dos USA ao seu país na ONU, são eles que nos
estendem a mão e nos vêm da sua ilha do outro lado do mar tratar de nós europeus, por
sinal num país governado pela direita.
São
estas pessoas, que ainda nos fazem ter uma réstia de esperança num
mundo melhor que há-de vir.
Afinal
de contas, nem tudo está perdido, num mundo que muitos, apenas
pensam em papel higiénico.
Fernando
Oliveira – Furriel de Junho
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