27 dezembro 2015

A NAIFA



A NAIFA

A Naifa é uma banda formada em 2004 que procurou conjugar as linguagens clássicas do fado com aquilo que podemos latamente chamar de pop (num sentido não depreciativo). 

Os seus membros fundadores foram:

Luís Varatojo (guitarra portuguesa)
João Aguardela (baixo)
Maria Antónia Mendes (vocalista)
Vasco Vaz (bateria) 


Depois da morte de João Aguardela em Janeiro de 2009, A Naifa sofreu alguns reajustes: Vasco Vaz passou a bateria a Samuel Palitos enquanto Sandra Baptista (vinda dos Sitiados), entrou para substituir João Aguardela no baixo. 



2004 - É lançado o primeiro álbum do grupo, "Canções Subterrâneas".

O requinte das composições é a nota dominante, o bom gosto marca pontos nas onze faixas que compõem o alinhamento, contribuindo para a criação de um dos melhores discos nacionais deste ano. 

Os A Naifa trazem-nos um fado novo, remodelado e totalmente original, não sonegando a sua formatação original mas acrescentando-lhe pacíficas pitadas de modernidade que agradarão aos apreciadores da inovação musical e não desiludirão os séquitos do fado mais tradicional.



2006 - A banda regressou com "3 Minutos antes de a Maré Encher", continuando a apostar na mesma fórmula que tantos admiradores lhe granjeara.



2008 - É editado o disco "Uma Inocente Inclinação Para o Mal".  As letras são da autoria de João  Aguardela, sob o pseudónimo de Maria Rodrigues Teixeira.

Neste disco sente-se a busca de modernidade inovadora, e, de facto, a fusão entre o acústico e o eléctrico tem sido a sua imagem de marca, misturando o som da voz, da guitarra portuguesa da bateria e baixo eléctrico.



2012 - Sai um novo disco com o título “Não se deitem comigo corações obedientes”. Este é o primeiro álbum do projecto editado após a morte de João Aguardela (um dos seus fundadores, vítima de um cancro em 2009).

Neste sentido, assistimos a uma continuidade sonora muito pessoal do grupo, que em conjunto desenvolve um cruzamento de diferentes linguagens musicais: música electrónica, pop, reggae e fado, que, comparativamente aos trabalhos anteriores, neste disco ganha especial protagonismo, tanto pelas cadências melódicas, como pela maior expressão da guitarra portuguesa.


2013 - Aparece no mercado discográfico  "As canções d'A Naifa".
Nascido de encontros entre o fado, a pop, música tradicional portuguesa, pós-punk e alguma eletrónica (desta vez mais discreta do que o habitual). As reacções a esta amálgama não têm sido consensuais, mas temas como "Sentidos Pêsames", um dos menos celebrados da fase áurea dos GNR, "Imenso", de Paulo Bragança (também ele a forçar os limites do fado), ou até mesmo "Desfolhada Portuguesa", imortalizado por Simone de Oliveira, "A Tourada" de Fernando Tordo, são traduzidos para esta linguagem sem grandes desvios do formato original. 

A Naifa é "O único grupo português que reveste o fado com uma sonoridade contemporânea".



Vamos ficar com a canção Señoritas, retirada do disco "3 minutos antes da maré encher", na voz fantástica de Maria Antónia Mendes (Mitó).






- Bom domingo!