AO ESCRITOR NOVELENSE
MANUEL
JOAQUIM RODRIGUES
POETA E CRONISTA NOVELENSE
POETA E CRONISTA NOVELENSE
Foto de Manuel Joaquim Rodrigues |
1930 – Nasceu a 12 de
Dezembro, na freguesia de Novelas, no lugar de Bujanda. Descendente de família
de agricultores, fez os primeiros estudos (1.º ciclo liceal), em Portugal.
1950 – Escrevia os
primeiros poemas e crónicas, e passou a colaborar com vários jornais
portugueses.
1954 – No dia 1.º de
Dezembro chega ao Rio de Janeiro. Já no Brasil, foi correspondente especial do
“Jornal de Notícias” do Porto, e colaborador e redactor de “O Mundo Português”.
1957 – Licenciou-se em
contabilidade pela Escola Técnica de Comércio do Instituto Santa Rosa, do Rio
de Janeiro.
1964 – Tornou-se
bacharel em Ciências Jurídicas pela Faculdade Nacional de Direito, na
Universidade do Brasil.
1967 – Foi relator no
curso ministrado pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra do
Brasil, no Real Gabinete Português de Leitura.
Ligado a vários
empreendimentos comerciais e agropecuários.
Pertence desde a sua
fundação ao Elos Clube do Rio de Janeiro.
Membro do Real Gabinete
Português de Leitura, Sociedade Histórica da Independência de Portugal,
Irmandade do Santíssimo Sacramento da Candelária.
Clovis Ramalhete, que
escreve o prefácio do livro Retrato do Tempo, descreve desta maneira o seu
autor:
“Esguio e bem posto, um
sorriso em que todo ele ri e algo de espírito escapa, o passo lento, a
exclamação administrativa rebenta, mas a qual logo um dito de ironia rectifica,
eis em dois traços esse inesperado Manuel Joaquim Rodrigues.
Capa do livro |
Do seu livro de poesia “Retrato
do Tempo”, e como estamos em época natalícia, vou extrair o poema “O PRESÉPIO”,
que reza assim:
O PRESÉPIO
O
primeiro homem com falta de juízo
Foi
o Adão do paraíso,
Porque
a mulher e a serpente
Bastaram
para lhe tolher a mente,
E
um homem que se deixa tolher por tão pouco
É
louco.
E
esse pecado, o primeiro, bastou
A
tudo o mais que Deus criou
Para
não ter a face
Que
teria se Eva não pecasse.
Depois
foi natural:
Cada
homem a mais
Era
um pouco de infernal
Amassado
na herança do crime dos pais.
Caíram
no passado gerações,
e
gerações…
e,
por fim, os profetas a dizer à Humanidade
em
verdade
que
Deus, feito filho de si mesmo,
havia
de nascer
sem
onde, havia de nascer
a
esmo.
E
nasce – era lei –
Mas
tão humildemente
Que
os homens taxaram-No demente
Quando
disse que era rei.
E
julgaram-No: sentença de matar.
(oh
tremendo sacrilégio dos homens!
Que
profanação mandar à cruz
O
supremo imperador das coisas!)
É
esta a certeza do que foi.
A
do que há-de ser
está
nas mãos duma criança que se viu nascer
ao
só calor do respirar dum boi.
E
criou-se o presépio em memória disto,
embora
não haja memória à altura
do
nascimento dum Cristo
como
criatura…
1 Comments:
Amigo Oliveira este poeta novelense Manuel Joaquim Rodrigues é irmão do Sr. António Rodrigues de Bujanda, ainda vivo, avô do meu genro.
Um abraço
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