INVASÕES FRANCESAS EM PENAFIEL
INVASÕES FRANCESAS EM PENAFIEL
Depois de tomada a cidade do Porto pelo Marechal Soult, e ao querer aniquilar a ameaça que representava o General Silveira, o qual já tinha libertado a praça de Chaves e se aproximava ousadamente de Penafiel, determinou à brigada de Dragões Caulaincourt da divisão
“Um silêncio acabrunhante reinava na cidade, apenas interrompido pelo som uniforme das horas e pelo ladrar dos cães abandonados. As Armas da Casa de Bragança colocadas sobre os edifícios públicos estavam cobertas de crepes negros e pareciam traduzir o luto da Pátria. Todas as habitações estavam abertas e apenas se encontravam fechadas as Igrejas, como se a nossa imagem pudesse profanar a sua santidade. Os comestíveis e tudo aquilo que nos pudesse ser útil, tinham sido levados ou destruídos. Este ódio implacável dos nossos inimigos, esta contínua preocupação de nos hostilizar e aqueles exemplos de intrépida fidelidade causaram desde logo uma impressão no moral dos nossos soldados, acostumados a viver entre os bons alemães tão tranquilamente nos seus acantonamentos, como na segurança das fileiras em dias de batalha”.
Acta da rendição rasurada |
Entretanto, o executivo que estava à frente da cidade de Penafiel, jura fidelidade e lealdade a Napoleão através do acto de câmara de 27 de Maio de 1808 (pág. 409 do livro “O Heróico Patriotismo das províncias do Norte de José Viriato Capela, Henrique Matos e Rogério Borralheiro).
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Tomada a cidade de Penafiel, as tropas francesas saem em direcção à Ponte de Canaveses, onde os esperam os portugueses chefiados pelo Capitão-Mor António de Serpa Pinto e o Tenente-Coronel das Milícias de Penafiel António Inácio Correia de Montenegro impedindo os franceses de atravessarem o Tâmega. Como no teatro de guerra as coisas começaram a descambar para o lado dos portugueses, o executivo camarário trata de revogar a acta dos termos de obediência aos franceses através do auto da câmara de 20 de Junho de 1808.
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Quem sabe, se não estava aqui a experiência para muitos anos mais tarde num acto colectivo, de 23 para 24 de Abril de 1974, os portugueses se deitassem com a velha senhora, e acordassem democratas novinhos em folha da noite para o dia, salvo raras excepções é claro, quanto mais não sejam para justificarem a regra.
1 Comments:
Gostei bastante da informação contida neste post. Gostaria de fazer mais algumas perguntas sobre a passagem dos franceses por esta região em 1809.
Pode contactar-me por mail por favor? Obrigado
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